O sonho foi assim:
Eu tava grávida, quase parindo, zanzando pela redação de um jornal, tomando bronca do chefe (um grande amigo) por eu não estar acompanhando de perto a edição de domingo. Tentei explicar que era porque tinha ido a Minas cuidar da minha mãe e porque tava grávida.
Também tomei bronca da equipe de repórteres porque vivia enchendo o saco com matéria sobre política americana (isso é resquício de verdade, meu povo do jornal onde fui editora de Internacional vivia me esculhambando por isso e me acusava de ser republicana, o que é uma sacanagem sem dó).
Em algum momento do sonho, comecei a querer parir e decidi mandar um e-mail pro pai da criança pra avisar que era dele (um milhão de coroas tchecas pra quem adivinhar quem era). No fim das contas, acho, acabei parindo eu mesma.
Não tenho nem palavras mais pra comentar essa maluquice.
Vou pro fogão, fazer picadinho com arroz. Andei de mal com a cozinha de novo, já que não tem mais ninguém pra alimentar aqui nesse puleiro, e começo a achar que essa viadagem tem que passar rápido.
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14 comentários:
Eu sei que vc não tá me agüentando mais, mas esse sonho tá pedindo minha análise.
De graça, vou dizer o que vc precisa ouvir.
Cara, o seu bebê é o livro (mais óbvio é impossível), ele é vc mesma devido à catarse que ele representa na sua vida.
O esporro do chefe é vc mesma se cobrando do prazo pra terminar e entregar o livro.
O ambiente de redação representa seu vínculo com os prazos e responsabilidades profissionais.
Parir significa externar a criação. não há nada que represente melhor um o fruto humano do que um filho!
Vem cá, quem carregou o livro-bebê no útero, quem teve a gestação foi vc, mas não foi geração espontânea, cara.
essa linda criança que tu tá parindo é o fruto do caso de amor com o Canalha, portanto nada mais óbvio que ele ser o pai.
argh, bernardo. tô dando asa a cobra! :)
primeiro - em respeito a verdade dos fatos devo dizer que você sempre encheu o saco dos repórteres independente de que editoria estivesse.
antes que me xingue, conheço um ótimo psiquiatra que lhe atenderia de graça, mas seria no pam de irajá.
topa fazer esta excursão?
mirtes
primeiro, pela verdade dos fatos, eu sempre fui suuuuuper-doce enquanto editora. :) segundo, Irajá é um pouco demais pra minha maluquez. num rola no Largo do Machado, não?
agora, peraí, psiquiatra? inda num tô dando com a cabeça na parede, caceta.
boa bola, Bernie Honey!
peraí, o que quer dizer "não entendi ainda como isso veio aparecer aqui em casa, assim"?
eu ia colocar que ainda não sabia como isso tinha saído de mim, mas fiquei com medo das piadas que fatalmente sofreria devido ao duplo sentido da frase...
uai, não acho nada. só não tinha entendido. mas acho que não passou a mensagem que tu queria, que, é, aliás, uma boa piada.
vou arrancar e colocar com o sentimento real. que venham as piadas!
Ainda não entendi como isso saiu de mim.
Por que a sua obra vai ser uma auto-ajuda autêntica:
Chega de terapeutas de 1º mundo com suas teorias de laboratório baseadas em estatísticas frias, numéricas, distantes da real dor que sentimos!Chega!
Chega de clichês, estudos e testes psicológicos!
Chega de descrição da dor dos pacientes!
Basta! O autor psicólogo escreve o livro na primeira pessoa, mas os casos que analisa - os exemplos da obra - estão na terceira pessoa!
Nós somos os protagonistas sofredores, somos os exemplos anônimos, somos a matéria prima; e o pior é que pagamos por isso, e pagamos caro para sermos cobaias de consultório! Ainda mais se o Sr. Teoria já tiver um livro no mercado.
Os terapeutas são meros voyers academicamente construídos para assistirem de suas poltronas à nossa vida real - nossas desilusões, descobertas e desesperos -, muita vez para lançá-las num best-seller e ficarem mais ricos ainda!
Vc, não, Rozane!
Sua autenticidade vem daí. Vc é o conteúdo, vc é o exemplo e também a escritora; e que escritora!
Forjada nas redações dos grandes jornais do RJ, vc é um pouco das madrugadas boêmias, das discussões intermináveis, das páginas desta cidade: as favelas, os carnavais, a política, as tristezas e alegrias.
Por suas mãos vieram a nós grandes matérias. Hoje a notícia é a sua desilusão e a manchete, o seu desespero!
Vc é a união das más experiências e da vontade de escrever: és uma jornalista se esvaindo em palavras, narrando sua própria desilusão. Já não sei se vc é que usa as palavras ou se são elas que te usam.
Vc abriu sua vida e as pessoas se identificaram; sua história não nasceu como um livro de auto-ajuda, ela nasceu como uma catarse, um desabafo, uma necessidade de escrever sua dor!
Vc não teve a pretensão comercial de lançar um livro para ajudar ninguém; vc quis se libertar do seu sofrimento e como conseqüência - não planejada, sequer imaginada - suas lágrimas uniram-se às nossas, transformaram-se num lago onde todos nós podemos ver nossas imagens refletidas.
Seu livro nasceu da dor verdadeira, do travesseiro molhado, dos olhos inchados, da solidão real que todos sentimos, pelo menos uma vez na vida.
Seu livro vai ajudar outras pessoas - como o blog já vem ajudando -, mas ele não foi premeditado. A ajuda vem da sua coragem-necessidade de partilhar sua vida, seus sentimentos; vem da sua capacidade de rir de si, apesar e por causa de tudo.
dona rozana
você tem coragem de digitar e assinar embaixo de que era um doce ser na hora do fechamento?
outra coisa, o psiquiatra é ótimo e gratuito. agora a dondoca quer o quer?
um terapeuta gato, solteiro que não cobre a sessão e que atenda no prédio daa galeria s.luiz?
que fofa!!!!!!!
perto de você só conheço um acumpunturista. lindo. mas cobra 50 paus.
mirtes
mirtes, querida, primeiro, dondoca é a puta que a pariu. segundo, não, eu não quero terapeuta gato porque é arriscadíssimo. vou acabar querendo dar pro sujeito. num tô precisando agora de outro amor impossível, tô muuuuuuito legal de gente que não quer porra nenhuma séria comigo. terceiro, vou fazer o que com um acumpunturista, caralho?
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