Dado o meu jeitinho, digamos, coloquial de ser, duvido que alguém acredite no que estou prestes a revelar, mas não resisto: fui moça fina pra caralho uma vez na vida, pianista clássica, futuro promissor de concertista. Aí, caí no meu próprio conto do quero-ser-jornalista-ter-minha-carreira-e-salvar-o-mundo-etc-etc-etc, concluí o curso de piano depois de muito mais de 10 anos (comecei aos cinco), chutei o conservatório lá pelos meus quase 20 anos e deu no que deu.
Nada pra fazer no feriadão, uma boa amiga me sugeriu que ouvisse "1812", de companheiro Tchaikovsky. Obedeci imediatamente. Sucumbi covardemente. Tô quase às lágrimas, especialmente porque acabo de me lembrar que tava pensando em fazer curso de regência quando cismei que escrever era o meu destino. Dã. Sobraram os dedos ágeis no teclado, transferidos imediatamente pra máquina de escrever. Nenhuma piada sobre os tais dedos ágeis, porque acho super de mau gosto - tô, assim, doce, hoje.
P.S.: A mesma amiga adverte aos que têm pouca paciência pra avançar o clip até os 5:45 minutos, que é quando entram em cena o hino francês e uma barulheira de acordar defunto, sensacional.
P.S.1: Ana Carolina na rádio de sempre, meu cordial até-logo-fui.
P.S.2: Melhor dizendo: até a próxima lama, que há de vir, há de vir.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
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9 comentários:
rozane
não sabia desse seu passado, digamos, clássico. agora, se você quiser se emocionar mais e encher sua alma da ternura que só a boa música transmite, desligue o rádio e veja este vídeo:http://br.youtube.com/watch?v=UnSh-KPV7QQ
e amanhã corra a locadora e pegue retratos da vida. é paris, é pós guerra, é bolero de ravel com maurice bejerat. é arte. é vida.
divirta-se
mirtes
ah, amanhã vou ver indiana jones no palácio 1 seção das 15h40, topas?
mirtes
eu já vi Retratos da Vida, babe. fiz pior. fui ver o cara (não foi o Béjart, não, foi o cara do filme, cujo nome me esqueci completamente agora), quando ele reproduziu a coregorafia do Bolero, na cena do filme, na Praia do Flamengo, quando os dinossauros habitavam a terra. até hoje, quando escuto a música, fico me sacudindo toda, como diria Léo Montenegro. é quase uma trepada aquela coisa.
eu tb estava lá, foi no segundo centenário da revolução francesa...
eu tenho o dvd. e às vezes vejo só o início com aquela imagem magnifíca de paris e avanço para a cena do bolero.
agora, tenho uma ótima sobre sermos dinossauras. meu filho ao ouvir que o terceiro indiana jones havia sido feito há 19 anos exclamou: ih, tô velho, eu vi no cinema.
mandei ele imediatamente calar a boca em respeito a mim que vi o primeiro da série...
mirtes
primeiro, tô dentrinho do projeto Indiana amanhã, me liga. quanto ao Bolero no filme, já descobri. a coregorafia foi do Béjart, mas o mané que dança no filme, e que eu vi no Flamengo, era o tal do Jorge Donn. já morreu, que eu me lembre.
confirmando, Jorge Donn era argentino, virou principal bailarino do Béjart, morreu de Aids em 1992. tinha esposa.
exato.
fui olhar no dvd e é ele quem dança no retratos da vida.
bejerat só coreografou.
quanto ao filme, tem furo não.
mas lhe ligo.
mirtes
Eu tb tava lá, atravessei a poça d'água de barca, levei minha cadeira de praia... tô velho, careca e barrigugo..já peguei o dvd trilhões de vezes...fuiii...
Mirtes, esse último post meu, Elecete, bjs. Tá tocando aquela música da Ana. pqp.....
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