Esta coisa é igual à dengue. Eu sei porque já tive. Comigo, foi assim:
Quando começou, eu tive um febrão absurdo, de bebê, quarenta e tantos graus, cheguei a meio que delirar no hospital. Uns dois ou três dias depois, em casa, achei que já tava ficando livre, foi dando uma melhorada, e o mal-estar parecia que tava passando. Tadinha d’eu.
Lá pelo quinto dia, foi ribanceira abaixo e cada canto, absolutamente cada canto do meu corpo doía; parecia, literalmente, que ia morrer. Um belo dia passou. Tá, eu até hoje tenho horror àquele mosquito cachorro.
Acabei de ir lá embaixo pegar os jornais que assino e comprar outros dois e cigarro na banca. Acabei lembrando do muso por um motivo besta, andando aqui pelo Largo do Machado. Surpreendentemente, lembrei, deslembrei e, no coração, só uma daquelas tristezas levinhas, da coleção que a gente vai carregando pela vida, só uma daquelas saudades cretinas que a gente vai arquivando na alma e acabam classificadas como coisa sem jeito de resolver.
Também lembrei que a possibilidade de morar fora do Rio daqui a uns meses, por conta de trabalho, não é nada remota e nem fiquei apavorada, como ficaria se ainda estivesse brincando de princesa aqui no Largo. Sei não, mas acho que passou de vez. Tá, ainda não considero a possibilidade de me aproximar de machos em geral. Mas isso, como sabemos, daqui a pouco, passa também.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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