Já bem me diverti horrores aqui com um bom Mark Twain na cama (não acredito que escrevi isso), sempre eficaz em momentos de tristeza em geral. Aí, já ia taxeando pra dormir, quando fui parar na Rozaninha-moleca e só agora compreendi porque o Agente 86 me fez tanto bem hoje e porque saí do cinema marchando, assoviando a musiquinha-tema, que eles mantiveram na versão de agora.
Explico. Eu via o original, com o falecido Don Adams, sei lá, lá pelos meus 10 anos, acho, mas só agora é que me vieram umas lembranças loucas. Eu não só adorava e morria de rir com a patetice dele como cismei de querer ser agente, já entendendo que, se tinha a 99, era porque mulher também podia ser espiã. Portanto, misturei os dois personagens e não só fingia que falava nos meus sapatos todos, como inventei um mega-comunicador numa latinha de metal que meu pai me deu pra guardar não me lembro mais o que, com imãzinhos, fiozinho e o diabo, e vivia me esgueirando pelos cantos da casa, espiando os demais integrantes da família, a saber, Seu Nanão e Dona Nilza, sem que eles, acho, percebessem.
Ah, sim, eu também tinha um revólver marronzinho (pois é, na minha época, era bacana), que atirava umas bolinhas de plástico ridículas, que eu tinha que ficar catando depois que atirava, porque eram caras, eu acho. Aliás, na minha época, era bacana pra meninos, por que diabos meu pai me deu um raio dum revólver, eu não sei - tá pintando o culpado por esta alma miserável. Não, bobagem, bom Nanão também me deu a tal da Mãezinha, uma boneca que revolucionou o mercado na época porque ninava o bebê de um lado pro outro, com uma musiquinha. Tenho até hoje, aqui, no fundo ao armário.
Meu Deus do céu, tô aqui relendo este post e tô tomando mais ficha na fuça.
E esse livro que não acaba.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
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