Ele precisava, e ainda precisa, de alguém menos cerebral, culta e inteligente que ele próprio, moça simples, mesmo, comportada, sensata, calma, atenta só às coisas do dia-a-dia, à vida comum, às delícias da cama, sem desvarios existenciais, como parecem ter sido as mulheres que teve ao longo da biografia, pra poder ir levando o que lhe resta de vida forjando o personagem de intelectual brilhante, encantador, que, na verdade é - refiro-me somente ao "encantador".
Eu precisava, e ainda preciso, de alguém mais cerebral, culto e inteligente do que eu, pra poder baixar minha bola e me fazer parar de achar que sou um gênio incompreendido, dona de QI alto, coração anta, crente que Pitágoras pode ser de alguma valia neste momento difícil, crente que silogismo resolve tudo.
Egocêntricos demais, erramos os dois.
domingo, 15 de junho de 2008
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