Sim, eu fui pra rua com outra solteira pra não me rasgar toda aqui, sozinha, dentro de casa na data cujo nome eu não pronuncio mais. Claro que todos os casais do mundo, com moças e suas flores, tavam no boteco. E claro que tinha uma louca duma mulé vestida de anja, tentando convencer os casais todos a dar beijo de língua por 30 ou 60 segundos pra ganhar brindes e desconto num motel. Desnecessário destacar que, com a minha sorte, apareceu um homem com um violino na calçada - enquanto eu esperava, sozinha, pela outra solteira - e eu quis morrer, de oclinho, lendo a Carta Capital. O sujeito tocou de "My Way" a Vivaldi, eu juro.
- Cê quer dar uma contribuição espontânea pra ele? - perguntou um fofo, com a caixa do violino aberta.
- Só se for pra ele sair de perto de mim - respondi, super-centrada, enfiando cinco reaus no raio da caixa. Funcionou.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
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3 comentários:
quem ler carta-capital merece não ouvi um violino, mas uma violinada... (rs)
mirtes
pô, cara, materinha legal, e serviu pra me dar um ar chique-tô-nem-aí na data cujo nome não pronuncio mais.
realmente,
oclinhos, leitura, um chopp na mão e maior ar blazée( é assim mesmo que escreve?) é tudo.
mirtes
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