Cheguei há, sei lá, meia hora. Ratatouille foi sucesso de público e de crítica; molhos saborosíssimos pra massa do jantar com meu povo, anfitriã e convidada brilhando com opções variadas: siciliano e gorgonzola; vinhos bacanas; cervejinha pra rebater no final idem; papo cabeça divertidíssimo o tempo todo, com destaque para:
- ... Mas a questão Ocidente-Oriente... - mandou a homenageada da festa, que vai fazer mestrado em Paris, pra uma convidada.
(...)
- Cara, é por isso que ninguém pega a gente direito... de jeito... eles têm medo da gente - desabafou outra convidada, observando as outras duas, de longe, pra emendar: Eu ia me meter ali na conversa sobre aquela questão, mas fiquei com medo, juro.
- Pois é, cara, a gente fica resolvendo a questão do Oriente Médio e vai esquecendo da vida real nossa aqui... - emendei eu, estupefacta com a percepção de que é mais fácil teorizar sobre essa coisa de conflito mundial do que dar jeito na nossa própria vida.
Na boa, por que eu não posso sofrer só por causa do muso desta pequena obra de arte? Agora, sofro também porque a anta do Putin tá fazendo merda, pra variar, e negando trégua pro raio da Geórgia.
P.S.: O jantar foi com um mulherio que faz jornalismo internacional, que eu também fiz há uns anos. Fui editora de algumas delas, que desenvolveram a estranha mania de me chamar de republicana radical de direita, uma sacanagem que me obrigou a levar pro jantar meu quepe do exército russo, comprado no que era o muro de Berlim, há séculos, pra provar que sou sublime (longa história).
terça-feira, 12 de agosto de 2008
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4 comentários:
A questão Ocidente-Oriente foi tu-do! Hahahhahaha
só perde pra Cecília dando banda na vasilha de torradas, pra te proteger do sal.
Cara, ontem foi demais!! De útero pra útero!! hahahaha beijos!
de mulher pra mulher... MA-RI-SA!!
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