- Um amigo meu me ligou pra tomar chope hoje, falei que ia sair contigo, ele falou "larga essa mocreia e vem pra cá".
- Mocreia é a puta que te pariu.
- Foi ele que falou, porra. Puta que o pariu você.
- Foda-se.
- Tá muito nervosinha. Saco - me cutucando, no ombro, me sacudindo, puto da vida.
- Tu é muito grosso, sabia? Cansei. Chega. Preciso de um amigo, tu não é; quero cafuné, tu não me dá; quero colo, tu não me dá; quero pau, tu também não me dá. Vá pra puta que o pariu - isso, eu já em pé, depois de ter mandado suspender o pastel de queijo que tinha pedido, saída teatral à esquerda, com os jornais embaixo do braço, que sou moça culta.
Fato é que as patadas do fofo e a mania de achar que os pobrema dele são os maiores do mundo e os meus são todos bobagem encheram o raio do meu saco. Ah, sim, a completa falta de libido porque tá tristão com o fato de o mundo ser uma merda, nesta vida "sem sentido", segundo o fofo, também não ajudou. Ih, lembrei, a cada vez que falava pra ele que minha vida tá uma merda porque minha mãe tá toda doentinha em Minas, caos total, tomei esporro porque a mãe dele, afinal, morreu de repente, sem aviso prévio, e que isso, sim, era foda.
Foi isso. Resumindo, foi isso. Passou.
Cama já, que vou pra Minas amanhã de manhã cedo.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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