Entro numa loja à procura de um pretinho básico, a mocinha nem me olha. Continua dobrando uma roupa qualquer, enquanto eu passeio pelos vestidos pendurados na arara.
- Tem desse em número maior? - pergunto, docemente.
- Não - diz a mocinha, sem tirar o olho da roupa que dobrava.
- E esse?
- Também não.
- Não tem nada maior?
- É que a gente só trabalha com modelagem pequena.
- Tá bom, desculpe - rosnei, babando, já andando pra porta, humilhada.
Preciso dizer que o vestido dos sonhos (lindo E barato), da outra loja - onde, aliás, acabei resolvendo meu problema -, só tinha número 38? Foi lá, aliás, que comprei o tal do vestido que achei magnífico na hora e que agora me parece patético.
- Olha, esses da promoção, a numeração tá restrita.
- Quer dizer que eu cheguei depois de todas as gordinhas sem dinheiro do Largo do Machado, né?
Ah, falei, cara, falei.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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