Aí, quando tudo já está sabido e resolvido, tem o momento ligar pra avisar. Assim o fiz, eu, meu pai e minha prima, cada um de um telefone, eu no celular. Pra uma certa família de 200 irmãos, ligamos pra cada um deles. Pra cada um deles, menos pra uma, a mais velha, já doentinha. Como todo mundo se falou naquele dia, ficou tácito que todo mundo sabia. Isso sem falar no carro de som que rodou a cidade pra avisar que a Nilza, mulher do João Carlos e mãe da Rozane tinha morrido. Já falei aqui que é uma gente prática, não falei?
A uma meia hora do enterro, percebemos todos que ela, a irmã mais velha da tal da família, não estava lá. "Puta que o pariu, esquecemos da Fulana", dissemos todos, quase em uníssono. Um irmão dela me pediu o celular pra ligar. Na boa, se eu criasse isso, acho que não seria tão pateticamente engraçado. Ao diálogo:
- Ô, Fulana, vem cá, cê não vem pro enterro da Nilza, não?
- ...
- Cê não sabia? A Nilza morreu, uai.
- ...
- Fulana?... Fulana?... Cê tá aí?
- ...
- Fica aí, fica calma, a gente vai te buscar, fica aí!
Assim foi feito e a irmã do interlocutor chegou, amparada por outros dois irmãos, minutos depois, e eu quase me benzi pra agradecer o fato de ela, que adorava minha mãe, não ter "empacotado" junto, como diria o povo de lá. Mineiro é um povo sem preposição, gosto sempre de lembrar.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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