Leitor amigo, desculpa aí pela tristeza insana, mas escrever sobre a morte da minha mãe, finalmente, me pareceu um jeito de purgar a coisa toda, que me vem encravada no peito há mais de dois meses, sendo este o do meu aniversário de 43 anos, dia 18. Saco. Sei lá, ver a história escrita me dá a noção de que a morte dela aconteceu, mesmo, e que não é coisa que se possa contestar, como venho tentando, desde certo maldito 27 de junho. Coisa de jornalista metida a escritora, foi mal. Só sugiro, caro leitor, que se comece a ler de trás pra frente, o que não combina com blog, eu sei. Mas, enfim, a purgação começou lá no Utilidade pública I.
Fora isso, tomem aí uma música deliciosa, porque não é só de tristeza que vive este blog, né? Quem estiver trabalhando, pede um minutinho pro chefe e, se tiver caixa de som, aumenta, porque isso aí é rock'n roll; faz os colega tudo ouvir; sai dançando ou, se não puder, fica se sacudindo na mesa, mesmo, cabecinha pro lado, no ritmo. Quanto ao rock'n roll, mentira minha, só queria dar um caráter dramático ao texto. É puro folk americano, do bom. Adoro o refrão: "So I won't hesitate no more, no more... There's no need to complicate... Our time's short..."
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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8 comentários:
olá! lamento que a tua Mãe tenha falecido! bem sei, o quanto doloroso é sentir a falta de alguém. beijos para ti e muita força! um abraço! bom final de semana.
Oi Rozane!
Não posso falar o que realmente te ajudaria a superar pq sou mto da opinião de q cada um nessa hora de tamanho sofrimento encontra a sua forma...
Eu perdi meu pai quando eu tinha 9 anos e demorou anos e anos p eu aceitar a perda e ele foi um péssimo pai, agora perder a mãe é uma situação que inclusive eu fujo, de todos é o meu maior medo... Tomara que escrevendo vc consiga encontrar um caminho.
PS.: Vc é filha única?
E ah, a parte da irmã mais velha da sua mãe é um capítulo a parte, fui criada na divisa com Minas e já presenciei casos parecidos! Impagáveis!
brigada, nuno, brigada. uma hora passa, eu sei que uma hora passa.
pois é, Carla, sou filha única. enfim, quanto ao irmão mais velho dela, nenhum comentário. não saberia comentar a maluquice toda. como ela, mesma, diria, "entrega pra Deus". só lembro que, quando a gente percebeu a maluquice toda, em pleno enterro, eu olhei, apavorada, pruma prima, que é espírita, e ela só falava baixinho pra mim "é só corpo, é só corpo..." e por aí vai.
Visualizei todas as cenas por meio de suas palavras e me emocionei mais uma vez relendo o texto que você leu na missa. Dona Nilza tem um cinema dentro de mim, no qual projeta os melhores filmes da minha vida.
same here, baby, same here. foda é administrar a saudade. mas uma hora vira só isso, mesmo, uma saudade boa. por enquanto, tá foda.
Escreva, escreva o quanto quiser. Nós somos bons leitores...
brigadim, cris, brigadim! tô purgando, tô purgando!
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