sábado, 22 de janeiro de 2011

Intão

Tô aqui a pouquíssimas horas de embarcar pra Brasília. Li o Sua Excelência... todo de novo agora, acreditam? Nem sei dar motivos pra isso agora. Só queria ler o babado todo pra chegar inteira à capital desta nação.

Vou dormir, agora, ou tentar.

Tenho a sensação, sem nenhuma bobajada filosófica, de que ninguém desta família vai dormir direito hoje. Eu, pelo menos, não vou. Pilhadésima agora.

Presentinhos todos decididos, sem nenhuma sofisticação, só levando na mochila pedacinhos de mim pra cada um dos três seres que vou encontrar amanhã, a saber: a mulher que nos teve todos, minha irmã e meu irmão. Tendo em mente o seguinte: será a primeira vez na vida que Dona Lourdes, em seus pouco mais de 60 anos, terá sob sua asa os três rebentos que teve na vida, eu, a mais desgarrada de todas, distante, mesmo, durante todos esses anos, incluída.

Que Dona Nilza, minha mãezinha querida, que fez de mim a mulher que eu sou hoje quando me adotou - eu, lá pelos meus três anos -, saiba o que está fazendo. Já falei aqui que há de ter dedo da fofa nessa confusão de minha família biológica estar me achando agora? Pois é.

Dou notícias, meu povo. Até pensei em não levar o laptop pra essa viagem. Mas sinto que vou precisar escrever em algum momento da madrugada de sábado pra domingo. Vou ter que levar essa maquininha. Eu sei, tanto, que vou precisar escrever depois do encontro com meu povo.

Oremos.

Indo pra cama total agora. Preciso acordar cedo, daqui a pouco, pra fazer unha e fazer mala, mochilão, na verdade. Embarco lá por volta da uma da tarde. Chego lá por volta das três da tarde. Fui.

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