Sabe aquele bêbado que acorda depois de um porre espetacular jurando que nunca mais vai beber? Pois é. Com o advento do “desencontro” (definição do meu amorzinho pro chute que me deu, por telefone, depois de dizer que me amava e queria casar comigo), ando desenvolvendo um estranhíssimo horror ao pênis. Um horror atávico, histórico, cármico, absurdo. Minhas amigas não acreditam e juram que eu não vou negar fogo ao primeiro que aparecer querendo meu corpinho. Mas eu juro que há sinceridade nessa afirmação.
Não, sério, mesmo, com todo o respeito aos machos do planeta – uma gente que vive no meu coração –, mas só de imaginar aquela coisa que se avoluma com facilidade, na melhor das hipóteses, vai me dando um pânico, que tenho vontade de me trancar no banheiro, escorando a porta com a vassoura (ê, ato falho!), e de avisar à turma do Freud que o que ando sentindo é imensamente mais grave do que a inveja do pênis.
Não estou negando a tal inveja, não. Juro. Eu acho, por exemplo, que Deus, em sua imensa sabedoria, podia ter dado um jeito de dar um hormônio pras mulheres que fizesse com os peitos o mesmo que acontece com o pênis dos rapazes. Especialmente pras gorduchinhas com mais de 40 anos: “Cara, olhei pro sujeito e fiquei de peito duro na hora”. Pô, ia ser bacana. Mas, sei lá, acho que, depois da confusão da maçã, Deus nem quis ouvir a versão da Eva, ficou magoado, e a gente foi se danando existência afora.
É só um medão da moléstia, mesmo.
sábado, 29 de dezembro de 2007
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