Eu, aqui, na minha luta contra o vício, só por ontem, quando sentei na cadeira cativa do mané na bancada da cozinha, peguei o jogo americano que comprei em Teerã (*) e era o preferido pro jantar do casal, me servi e sentei. Primeira garfada, surto, chorei, babei, furiosa ainda. Como a outra cadeira é igual à cativa e como não tava afim de jogar a comida fora, o que pude fazer foi trocar o jogo americano. Resolveu.
Hoje, parti pra segunda tentativa, no almoço. Puxei a mesma cadeira, peguei o paninho feito por alguma discípula de Alá, sentei e comecei a comer. Tudo sob controle até eu perceber que me escorria uma inesperada gota salgada no lado esquerdo do rosto.
- Meu Deus, agora eu choro sem nem sentir. – suspirei, derrotadíssima.
Pois é, agora eu acho que gota de suor é lágrima. Pulei no chuveiro imediatamente, com meu novíssimo creme esfoliante, comprado aqui no Largo do Machado – 11 "real".
(*) Só agora me ocorreu: se Alá for um homem de mídia e vir que eu ando chamando aqui paninho tradicional iraniano de “jogo americano”, tô muito lascada. Aliás, falar em Alá, será que tem vaga pra virgem lá no paraíso? Posso dar uma repaginada, trabalhar uma mudança de postura, sei lá.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
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