segunda-feira, 12 de maio de 2008

O pior cego é o que aperta torneira (a Associação pela Moral e pelos Bons Costumes na Rede informa: este post tem palavrão; a autora tá puta)

Tá tudo muito bem, tudo muito bom, eu aqui, disposta a me reinventar etc, etc, etc, bancando a autocrítica, suuuper-mais-ou-menos-blasé. Ãrrã, ãrrã, ãrrã. Palhaçada da boa. Cês deviam era me processar por propaganda enganosa. Tô blasé porra nenhuma; tô é triste pra caralho.

Muito legal desse caboclo loser que baixou em mim e não me larga neste delicioso ano da graça de 2008; muito legal de me pegar aqui, na pacata Visconde do Rio Branco, pensando, pô, naqueles momentos óóóóótimos que tive com o muso desta merda e quase me culpando pela cagada toda. E, imensamente pior: tirei o dia hoje pra ficar remoendo cada sinal que continuou a pipocar na minha fuça na segunda fase da ladainha e eu ignorei. De novo. Pronto, falei.

Ih, ia quase esquecendo do mote do título. Noves fora nada, meu amado pai, bom Nanão Monteiro, agora vive de me sacanear porque eu, segundo ele, aperto demais as torneiras, oferecendo perigo iminente às buchas mineiras das mesmas.

- Minha filha, é só fechar. Parou de pingar, tá bão – me explicou, didático.

Emendei um ar, aí, sim, blasé, tentado explicar que lá em casa eu preciso apertar muito as torneiras porque elas pingam sem parar, e não tem ninguém pra consertar. Ato contínuo, depois de ele ignorar minha explicação com um muxoxo mineiro (só quem conhece sabe a força do desprezo de um muxoxo mineiro), passei o resto do dia metaforizando o ódio que anda me envenenando o peito e relacionando o tal à força do aperto nas torneiras, e...

Tá bão, tá bão, já parei. Ninguém merece essa conversa.

Ah, contei aqui que outro dia sonhei que eu tava num prédio desabando? Intão, foi assim:

Eu tava no tal do prédio com um monte de gente, conhecida e estranha, e comecei a sentir uma poeirinha caindo. Percebi imediatamente que o bicho ia cair. Falei baixinho, pra quem estivesse prestando muita atenção: "O prédio vai cair". E me mandei, sem fazer a menor questão de avisar a ninguém mais. Andando horrores pra humanidade à minha volta. Aí, saí; o prédio caiu; eu segui viagem, com o povo quase todo soterrado. Não ando fofa?

Não, eu não lembro se o muso do blog e o gerente do Itaú ficaram nos escombros. Vou ver se sonho de novo. Por garantia. Vai que é premonição.

5 comentários:

Bernardo disse...

esse post nem precisa de análise.

Freud leu e disse que mais óbvio é impossível. Ele inclusive disse que vc tá melhorando...

ROZANE MONTEIRO disse...

dã. insisto que tu também tá batendo um bolão no quesito vou-é-desabafar-foda-se-o-mundo. vai sobrar, vai sobrar, eu tenho certeza de que vai sobrar. ai!

ROZANE MONTEIRO disse...

e, olha, Bernardo, que tô poupando meu respeitável público dos sonhos que ando tendo com o próprio artilheiro. é só todo dia, fichas homéricas caindo na minha fuça.

esses, eu vou levar pro túmulo.

embora pareça que eu - moça solteira, sem filhos, tresloucada, inconseqüente, ameaça nacional aos seres de bem e à família brasileira - não tenha controle, acho que tudo tem um limite.

Bernardo disse...

seu superego tá voltando, amém!

Agora, tomara que o seu id fique mais calmo. Vc sabe que não deu certo com o superego uma vez, mas não custa nada tentar de novo.

Trata bem do superego dessa vez, porque essa história de vai-e-volta é muito desgastante.

ROZANE MONTEIRO disse...

caralho, essa história de Id e Superego sempre me confundiu. nunca sei quem é um, quem é outro - bandeira pouca é bobagem. :)