quarta-feira, 4 de março de 2009

Só mais uma do alemão

Esqueci de contar um babado, e a história do livro acabou mal explicada. No ano em que morei em Praga, como não o via com frequência, comecei a escrever cartas pra ele. Jamais enviadas. Como nunca tivemos compromisso de verdade, não fazia sentido eu cobrar qualquer coisa. Mas precisava desabafar. Ao fim de um ano, eram quase umas 40 páginas.

Quando resolvi vir embora, passagem já comprada, disse pro fofo que iria depois do fim de semana, na segunda, acho. Mas tive que antecipar a passagem, não me lembro mais por que - acho que era uma parada de tarifa. E não avisei. Fiz pior. Mandei todas as cartas, por e-mail, pra ele, que quase infartou. E me mandei pro aeroporto, celular desligado. Sabia que, quando ele lesse, podia tentar me fazer ficar mais um pouco, pra despedida, e eu tinha certeza absoluta de que não iria aguentar.

De Paris, na conexão, liguei. Conversa de filme francês. Às lágrimas, descobri que ele já tinha lido tudo, tava passado e tinha planejado uma visita-surpresa pra mim, em Praga. Dã. Chorei o Atlântico inteiro.

No livro de Praga, a ideia é ele fazer o contraponto das cartas, e a gente editar tudo pra acompanhar minha narrativa. Vamos escrever em inglês. E eu vou ter trabalho dobrado, na hora de publicar aqui. Eu sei. Ai. Agora, cá pra nós, se der certo, a gente ainda publica essa coisa lá, só de raiva.

2 comentários:

Anônimo disse...

que trabalho dobrado o que, caceta?!!!!!
só da gente lê as pinceladas já dá curiosidade...
você vai é curtir bastante e fazer maior sucesso em duas línguas. deixa de se boba, muíé!!!!!!!

ROZANE MONTEIRO disse...

tá bão, tá bão, ó bwanna. ó, vou ler teu texto agora. já despachei aqui o que tinha pra despachar.