quarta-feira, 8 de abril de 2009

Deu merda no Largo

Hóspede fofo a caminho de hotel fofo hoje de manhã. Por ora, o corpo do mesmo jaz dormindo num colchonete fashion, inflável, na sala do cafofo. Não tenho nem coragem de contar o que rolou porque cês vão achar que eu perdi a razão de vez e que só a internação me salva. Deixa eu digerir primeiro.

A sensação é a de soco no estômago, quando eu não tava nem aí mais pra cachorradas e que tais. Cês não têm noção. Eu juro que um dia eu conto. Só não vai ser hoje porque nem eu entendi direito ainda o acontecido. Isso tudo em menos de 24 horas do fofo em território nacional. Só preciso esclarecer que a ideia de vir foi do manezinho, porque queria me ver e acabou gastando um dinheiro pra arrumar confusão no Largo e ter que arrumar hotel no susto porque, no que me diz respeito, aqui, ele não fica nem mais um dia.

Fato é que, ao menos, dada a dramaticiade dos últimos 12 meses, aprendi a mandar cantar pra subir quem vier me sapatear na autoestima. A única boa notícia é que eu, depois de cair do salto, subi de novo e, no meu melhor inglês, reduzi a pó o ser, que quase foi parar no pré-sal, derretendo aqui, de tanta culpa. Não sei por que, mas, quando fico puta, meu inglês fica quase perfeito, com adjetivos daqueles que a gente procura no dicionário; indagações filosóficas profundas; citações improváveis; elipses, metáforas, silogismos. Sei lá, fico puta, as palavras difíceis em inglês vêm todas à cabeça. Whatever.

Vou dormir, que a manhã aqui no Largo há de ser difícil, com despedida muito pouco amistosa. Não, eu não tive coragem de despachar a pessoa estrangeira que não fala nada de português no meio da noite, debaixo de chuva, que ainda sou uma moça com misericórdia no coração. Claro que, daqui a outros três anos, a gente deve se encontrar de novo, rir dessa porra toda e se pegar de novo. Mas acho que tô ficando meio legal demais dessa ladainha. Certo asco no coração, no corpo, na alma. Já falei isso, inclusive, hoje, quase um zumbi, depois de dormir uma hora só de segunda pra terça e me perceber sacaneada demais pelo hóspede recém-chegado.

Pra que sofrer pouco, né? Agora, cansadésima, não consigo dormir por nada desse mundo. Não tô magoada, não tô arrasada, não tô porra nenhuma. Tô só muito puta da minha vida. É isso, resumindo, é isso.

4 comentários:

mirtes disse...

espero que ao acordarem os dois tomem tento e deixem de bobeira.
o cara não cruzou o atlântico à toa, e você também queria este encontro.
portanto, que impere o bom-senso e o juízo entre os dois...
se isso não for pedir demais!!!!!!!

Cristina Lemos disse...

Eu tô achando que essa explosão é devido a toda tensão das últimas 24 horas, do ano que não terminou, de horas e horas extras de trabalho...
Você está que nem panela de pressão, pronta prá explodir.
Não sei o que o fofo fez ou disse, mas releva e curta esses momentos mulherzina, sem culpa de ser feliz.

Bernardo disse...

Viu como a minha teoria de que vc produz mais quando tá sofrendo é verdadeira? Olha aí, brigou com o Alemão e saiu filosofando em inglês...

ROZANE MONTEIRO disse...

Bernardo, num vou nem comentar, tá? :/