Casal chega pra saber se o carro tinha sido rebocado. A mesma mocinha do balcão:
- Tudo bem. Placa?
- Não sei, não...
- Como assim?
- É um carro de empresa. Só que eu deixei o documento dentro do carro e não lembro a placa. Hoje é feriado, não tem ninguém lá, e não consigo descobrir a placa.
- Aí, fica difícil.
Lá pelas tantas, a mocinha sai do balcão, puta da vida, e chama outro policial pra ajudar. Eu só escuto ela sussurrar algo como "o cara fica cartando, cheio de marra". Ato contínuo, o meu policial amigo começa a resmungar, docemente, coisas como "tem gente que vem aqui e acha que policial é merda, esquece que aqui tem gente formada, porra" e "vai chupar uma pomba pra ver se vira rola".
O outro policial entra em cena.
- O que que houve, amigo?
- Etc, etc, etc...
- Assim não dá. A gente não pode fazer nada. O único jeito é ir lá no depósito da Benedito Hipólito e pedir o favor de alguém deixar você ver se o carro tá lá, ok? Boa tarde.
E despachou o casal, com uma educação que minha mãe chamaria de "tapa com luva de pelica". Só depois que os dois saíram, é que soubemos que a palhaça da mulé, em algum momento, diante das perguntas da mocinha do balcão, que tentava ajudar a anta, mandou pro companheiro "você não tem que dar satisfação". Conclusão do grupo de servidores públicos, que babava de ódio do babaca, verbalizada pelo policial que despachou a dupla:
- Como assim "não tem que dar satisfação"? Vem aqui e "não tem que dar satisfação"? Aqui, a gente é pago pra isso: se não der satisfação, a gente toma.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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