quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tava aqui pensando

Não, eu ainda não consigo sentar aqui e postar algo que expresse o que eu tô, realmente, sentindo. São muitas emoções, já diria o Rei, muso eterno deste blog. Mas algumas coisas me ocorrem desde que aterrisei no domingo à noite:

- Ainda não compreendi este estado de paz de espírito em que me encontro. Não consigo nem mais ficar estressada pracaralho com o jornal, trotando de um lado pro outro quando tudo tá dando errado. Simplesmente tô dando meu jeito de resolver, pagando pra não me aborrecer. Não que não faça malcriação quando preciso resolver algo, não que me preocupe menos com o produto final. É simplesmente esquisito ver que minha alma não perde mais o chão quando algo parece não ter solução. Em uma palavra: paz, pessoa que nunca foi das minhas relações, vale aqui ressaltar.

- É uma bobagem cotidiana, eu sei, mas, simplesmente, não tenho mais aquela pressa insana pra resolver nada. Ontem, por exemplo, o moço do táxi não tinha troco e eu, em vez de sair sapateando pelo Largo à procura de outro, como sempre fiz, sentei no carro e esperei, pacientemente, até o cara trocar o dinheiro e me levar pro jornal.

- A louca da síndica (já estávamos em pleno armistício, devo admitir) me ligou hoje pra resolver uma parada do meu telefone que tá mudo há semanas, babado, foi, praticamente, fofa. Resolvemos, e ainda me despedi "Tá bom, Dona Fulana, obrigada, beijo".

- A única metáfora que me ocorre é a seguinte: me sinto como aquele ser que tá há uns, sei lá, 44 anos, tentando terminar um quebra-cabeças e, finalmente, encontra as últimas peças e tem a sua frente um lindo quadro completo. Aí, o ser respira fundo, olha pro mesmo quadro, acende um cigarro, olha pra cima pra soprar a primeira fumaça, toma um gole de água, arrasta a cadeira com o corpo pra trás, levanta e vai cuidar da vida. Afinal de contas, o mesmo ser não tem mais quebra-cabeças nenhum pra terminar.

E toma ficha na fuça.

Alguém me abraça!

2 comentários:

mirtes disse...

eu acho que é por aí mesmo.e fico feliz por você ter encontrado esta paz de espírito.

ROZANE MONTEIRO disse...

yeah, yeah!

"paz interior" não é ter sangue de barata, que fique dito. :)))))