terça-feira, 14 de abril de 2009

Tem despedida no Largo

A pessoa vai embora hoje, terça, à tarde, algumas horas depois do café da manhã junto no cafofo, como, aliás, rolou todos os dias da temporada do ser nesta maravilha de cenário. Sei lá o que vou sentir quando sair pra trabalhar e largar o manezinho aqui, arrumando a cozinha, como também rolou o tempo todo. Pois é, ele é dono de casa e tem uma absurda capacidade de descobrir o exato lugar das coisas. Portanto, essa porra hoje de manhã vai doer.

Mas, enfim, vamu combinar que não há de ser nada que já não tenha rolado um milhão e meio de vezes nos últimos 17 anos, aqui mesmo no Rio, em Berlim, em Praga, em Frankfurt... Claro que, considerando as trapalhadas deste nosso encontro, mais a mãe de todas as conversas no domingão depois do Maraca, a possibilidade de doer mais do que as outras não é desprezível - ninguém comeu ninguém, mas a intimidade aumentou. Por outro lado, também não é desprezível a possibilidade de doer menos, já que a gente ficou mais irmão do que nunca.

Sei lá mais o que dizer. A única certeza absoluta que tenho é a seguinte: o pesadelo tá muito perto de acabar. Aliás, menti muito agora, tenho outra certeza absoluta: como a pessoa já tá falando em voltar sabe Deus quando (!), não tenho mais qualquer esperança de tocar minha modesta biografia sem a presença deste ser, seja lá como for.

E mais não digo. Nem que me seja perguntado. Foi muita informação demais e muita pegação de menos pra minha cabecinha em muito pouco tempo.

P.S.: O turista germânico teve a capacidade de achar um pocket show de blues da melhor qualidade no Mercadinho São José e passou boa parte da noite me sacaneando porque eu não fazia a mais pálida ideia de que rolava a parada toda segunda-feira, das 20h às 22h. Como ele achou? Nada pra fazer enquanto eu trabalhava, ele catou uns moleques da escola vizinha ao meu prédio, que davam pinta no Largo e falavam inglês, e perguntou se tinha algum lugar aqui que tivesse música ao vivo que não fosse samba. Queria, assim, algo diferente do que já tinha visto. Acabou informado do evento e me arrastou. Sensacional.

2 comentários:

mirtes disse...

menina,
esta relação é muita complicada para minha cabeça taurina de ascendência italiana...
mas, espero que vocês tenham realmente se entendido.
beijim

ROZANE MONTEIRO disse...

nem eu entendo, mirtes, nem eu. mas a questão é que, sim, nos entendemos, depois de tanta trapalhada. acabou ficando tudo em paz, e, como, se tudo der certo, vou ter que ir a Praga em janeiro por conta do próximo livro e como já tá combinado que ele vai ajudar...