quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Não tem preço

Tenho um grande amigo com quem passei, sei lá, os últimos 10 anos num dilema insano, tentando fechar questão sobre o seguinte fato da vida: a vingança é um prato que se come quente, pelas bordas, ou que se come frio, mesmo, o que vale pra quem tem paciência pra esperar o raio do mesmo esfriar? Lembro que em algum momento da nossa amizade, bati martelo e decidi que a vingança é um prato que se come sempre, mas não sei bem se ele se conformou com essa minha decisão unilateral de parar de discutir.

A questão é que meu amorzinho, tadinho, foi dispensado pela semi-namorada casada. Por telefone. Tadinho. Tô absolutamente convencida de que não vou morrer nem de amor, nem de saudade, nem de raiva, nem de nojo dele. Acho, sinceramente, que será a peninha dele que há de me matar. Aun. Até mandei um e-mail de solidariedade pra provar que, nossa, achei um horror alguém dispensar quem a/o ama assim, por telefone, sem nem olhar no olho. Cruzes, deve ser horrível isso. Ele, que também me chutou por telefone, ficou irritadinho, irritadinho por conta da minha "escrachada ironia", me chamou de egoísta porque estou suuuper-'"centrada" em mim, tão centrada que minha mente anda "nublada", e me esculhambou porque eu não "assimilei" tudo o que ele disse desde sempre.

Não, sério, mesmo, cês vão achar que eu tô de sacanagem. Mas foi exatamente isso que aconteceu. Lembro que o mesmo amigo com quem vivo a discutir acerca do melhor momento pra se saborear a vingança sempre me disse: "Cara, teu anjo da guarda deve ter sido roteirista de sitcom americana". Pano rapidíssimo.

Um comentário:

Ju Marques disse...

Não tem preço mesmo mais sera que eu dei uma de canalhinha ou de covarde mesmo pq eu que liguei pra ele terminando tudo,não houve olho no olho só meu olho inchado de tanto chorar.Já contei que ele me culpava por ter voltado pra ex?Então logo chego lá.