sexta-feira, 31 de julho de 2009

Só pra lembrar:

Alguém aí já viu o "barrigão" de cinco meses de gravidez da Bündchen?

Deprimi.

Deu vontade de ouvir e pronto. "Falling Slowly", do "Once", filme irlandês bacana

Ralando muito, meu povo!!!!

Daqui a pouco, eu volto com calma, eu juro.

Novidade? Nenhuma. Foi mal.

Se bem que, dada a minha capacidade de me meter em confusão, não haver novidade não é de todo ruim.

Fui.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Desculpem, mas não resisto; é mais forte que eu

Na virada de 2007 pra 2008, eu ainda babando de ódio por conta do chutaralhaço que tinha levado e que originou esta pequena obra de arte, postei aqui uma única resolução de ano novo, que adapto pro semestre novo:

Segundo semestre de 2009: Não dou, não dou e não dou

Dada a dramaticidade desses últimos dias de julho, só tenho uma resolução de Semestre Novo: não dou, não dou e não dou. Se o Dalai Lama e o Padre Marcelo podem viver sem sexo, eu também posso. Um vive rindo, o outro vive cantando, não há de ser de todo ruim.

Cumpra-se

Tava aqui pensando III

Acaba de me ocorrer. Considerando minha vontade ainda de enfiar a mão na fuça da anta e considerando que o palhaço vive aqui na Adega do Largo do Machado, onde, aliás, nos conhecemos, já tô eu de novo refém do Tratado de Tordesilhas metafórico, tendo que limitar meu direito de ir e vir por uns tempos pra não correr o risco de me aborrecer ainda mais.

Não acredito nisso.

Me enfezei de vez agora.

Fui.

P.S.: Pra quem tá chegando agora, a anta à qual me refiro agora nada tem a ver com o muso deste blog. É só o meu chamado dedo podre pra escolher machos em geral. E, desta vez, pra piorar, a percepção de que deixei um doido de pedra entrar na minha vida no momento em que acabo de perder minha mãe tá me tirando do sério. Ao menos, desta vez, ninguém machucou ninguém, foi só aporrinhação, mesmo. Coração intacto, que, afinal de contas, eu tenho coisa de verdade pra me fazer sofrer este ano.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tava aqui pensando II

Se o novo traste merece um livro pela fuça? Pensei em botar isso numa enquete aqui, mas a chance de eu ser eleita a anta-mor da minha própria biografia, pela reincidência no quesito se-fuder-toda, confesso, me assusta.

Também, vamu combinar, esse ser de agora só conseguiu me fazer babar de indignação, de tanta insensibilidade: nunca prometeu sonho romântico nenhum; nunca me chamou de "meu amor"; nem viramos namorados, na verdade. Que ache outra pra encher o saco e saia de vez do meu caminho.

Ajuda a divulgar aê, meu povo

Até esqueci

No meio da confusão toda do último mês, acabei emagrecendo. A travação da garganta também não tem me deixado comer direito.

P.S.: Tudo bem, vai ser Pollyanna assim lá na p... Enfim...

Tava aqui pensando I

Às vezes, eu acho que o fato de este ano está sendo imensamente pior do que 2008 só pode ter sido castigo divino: fiquei praguejando contra 2008, me fudi muito, mas muito mais mesmo. Pronto, falei. Tô há semanas pensando nisso. Pra piorar, depois de uma semana de merda, purgando todo o babado da minha mãe, desenvolvi uma estranha sensação de mudez, mal conseguindo falar com as pessoas, meio rouca, meio travada, às vezes, simplesmente, a voz não sai, esquisitíssimo. Acho que, na verdade, ainda não chorei tudo, sei lá. Ainda tem muito aqui pra chorar, só que, à certa altura, acho que eu entupi.

E, não, o evento com o cretino no domingo ainda não me desceu; a gritaria só serviu pra fazer tudo ficar muito pior. Na boa, eu tô doida ou alguém falar "e daí que sua morreu só tem um mês?" é passar de todos os limites? E justo quando eu só queria um almoço em paz.

Enfim... Caminha já, que preciso ralar muito pra correr atrás do prejuízo por ter perdido o chão nos últimos dias. Longa história, vou poupá-los aqui, que é tudo muito dramático demais. Só posso jurar que, ao que parece, eu vou sobreviver.

Me fui.

E assim lá se foi outro traste

Interior do carro da anta, que já tinha passado o almoço do domingão reclamando da minha cara de tatu triste.

- Você tá muito nervosinha, toda estressada, com essa cara.
- Cara, deixa eu ficar triste, meu Deus. Amanhã, tá fazendo um mês que minha mãe morreu.
- E daí, e daí? Isso é essa novelinha que você resolveu inventar...
- Hein?
- É isso, mesmo, tá fazendo um mês, e daí?
- Para essa merda! Você é muito grosso!
- Sou mesmo. Isso, vai embora, sai daqui!

E saí, batendo a porta com toda a força do mundo, carregando minha pilha de jornais, que tava no banco de trás do carro. Passada, pretérita, chocada, absurdada com a capacidade do cretino de sapatear na alma humana num momento desses.

Na boa. Tô quase ligando pro muso desta pequena obra de arte só pra dar a ele o prazer de saber que eu continuo me fudendo. Num tô nada bem.

Aliás, num tô, mesmo, depois de voltar babando de ódio pra casa, ontem, tive uma noite de merda, fumei igual a uma louca, despachei dois torpedos avassaladores pro débil mental malcriado, acordei tossindo igual a uma porca gripada.

Vou ralar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ó, eu no twitter:

Lá, eu sou monteirova. Passa lá!

www.twitter.com

Cumpra-se

O tal do ser não frequenta mais meu corpo e nem há de: cansei de tomar patada.

Totalmente concentrada em trabalho, apagando 30 incêndios por conta de atraso de trabalho. Tá foda. Fui. Vou ralar.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Até esqueci de explicar aqui: o ser que anda frequentando meu corpo é o mesmo da malcriação minha na Adega. Pois é.

Quatro minutos de pura alegria. Ladies and gentlemen, please, welcome Anabela de Malhadas

quinta-feira, 16 de julho de 2009

De volta à vida besta

Bem fiquei aqui, esperando pra ver se dava a sorte de achar uma bala perdida no Largo e acabar com esta tristeza toda. Não dei e tenho, agora, um milhão de coisas pra botar em dia, fora os telefones todos do cafofo que resolveram enlouquecer, celular incluído: dei um tombo no fofo, rachei o visor, o bicho mórreu pro mundo. Quanto aos fixos, o sem fio não carrega mais por nada desse mundo, o outro tá com mau contato.

Ah, sim, o ser humano do sexo oposto que anda frequentando este corpo acaba de me ligar pra dizer que tá em casa, na preguiça:

- Vamu pra rua hoje, pô! - implorei, com o coração cheio de pecado, de volta à lida.
- Eu não, vou ficar vendo TV. Não tem nada melhor que ver desenho animado aqui, sozinho, no escurinho.

Pois é. Vou ralar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

The show must go on

Meu povo, voltei. A razão do sumiço é uma só, não dá pra contar com meio termo: minha mãezinha querida morreu no dia 27, depois de uma longa agonia, na pacata Visconde do Rio Branco, interior de Minas.

Claro que andei ao contrário, já me acabei de chorar, já torci a alma, já entubei o tal do inexorável, já botei a vida em outra perspectiva, etc, etc, etc. No mais, vai ter mais lançamento do livro, em Niterói, dia 11 de agosto, vou ralando meu coco aqui nesta vidinha de free lancer, vou aprendendo a viver com esta dor nova.

Pra minha véia, boto aqui o texto que li na missa de sétimo dia dela, lá em Minas.

No início da década de 40, o escritor franco-argelino Albert Camus publicou O Estrangeiro. Logo no início do livro, o personagem central da trama, Meursault, dá o tom do que seria o romance: "Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem." Na época, Camus ainda era existencialista, uma gente estranha.

Eu, que sempre fui uma romântica incorrigível e nunca consegui ser existencialista, sei bem quando minha mãe querida partiu. Foi há exatamente uma semana, lá por volta das duas e meia da tarde, aqui em Rio Branco.

E há exatamente uma semana tenho passado os dias entre chorar, refletir e acordar esbaforida no meio da noite depois de sonhos angustiantes. O pior deles: num salão escuro, com poltronas, uma mulher qualquer guardava coisas numa caixa enorme, como quem prepara mudança; Eu perguntei: "O que que houve?"; resposta: "É que a Nilza do Cinema morreu. Não vai ter mais filme." Minha mãe gerenciou o único cinema da cidade por quase uma década.

Foi também durante esta semana que hesitei em abrir um pote de doce de leite, depois do almoço: "Isso vai me doer. Doce é coisa que Dona Nilza não dispensava por nada desse mundo". Imediatamente, eu jurei que não comeria o tal do doce. Também jurei, estupidamente, que não faria mais nada que me fizesse lembrar de minha mãe e que pudesse me matar de dor. O problema é que também lembrei que, se eu fosse parar de fazer tudo o que me lembraria minha mãe, teria que parar de amar, de sorrir, de ajudar o próximo, de gritar diante de alguma injustiça, de viver, enfim.

Comi o doce e parei de bobagem, lembrando que esta semana também me inundou de inesquecíveis lembranças do ser humano que fez desta moleca a mulher que sou hoje. E foi com elas que decidi ficar, até que minha própria morte chegue, sem nem me importar mais com a moça do sonho que me disse que não ia mais ter filme. No meu cinema da Nilza, a matinée não vai acabar nunca.

Foi Dona Nilza quem passou uma tarde inteira tentando explicar a um olheiro do Flamengo que "aquele menino que joga um bolão, aquele, ali" era uma menina; sua filha de oito anos, aliás. Foi Dona Nilza quem tentou explicar no pronto-socorro que a filha de nove anos tinha acabado de rachar o dedo mindinho do pé direito porque tentava imitar o Gene Kelly dentro do quarto. Foi Dona Nilza quem me disse – eu lá com meus 11 anos – que ficar mocinha não era a pior coisa do mundo.

Foi Dona Nilza que, depois de um estrondoso barulho de vidro quebrado durante uma festa, segurou a mão de alguém e disse "eu tenho certeza de que foi a Rozane. Só me diz se ela está viva". Acertou na mosca: com uns 13 ou 14 anos, eu tinha acabado de cair dentro de um aquário gigante, abandonado no quintal da casa; mas sobrevivi sem um arranhão, sabe Deus como.

Foi Dona Nilza quem me mostrou ser possível dedicar uma vida inteira ao amor incondicional a um homem, meu pai querido, aqui presente, graças a Deus. Foi Dona Nilza que, quando me apaixonei pela primeira vez, lá pelos meus nove anos, me explicou que o mundo não ia acabar só porque o rapaz não me amava. Foi também ela que, quando me apaixonei pela última vez, há uns dois anos, me explicou, de novo, que o mundo não ia acabar só porque o rapaz não me amava. De novo.

Foi Dona Nilza quem passou a vida me dizendo que a existência de Deus sempre independerá dos meus surtos de falta de fé.

Foi Dona Nilza quem imprimiu na minha alma, no último sábado, o significado absoluto da palavra saudade.

Descanse em paz, minha mãe querida.