segunda-feira, 30 de junho de 2008

Tudo bem que tô no trauma ainda, mas ter um ser, de preferência, mudo, pra me fazer um cafuné e chazinho pra mim aqui hoje não me faria nenhum mal. Como diria a sobrinha de uma amiga, quando era guria: do-gra!
A alergia não era alergia. É gripe da boa, e acho que tô com uma febrinha. Ralando e espirrando. Por que, meu Deus, por quê?

Com a perna no mundo

A despeito da quantidade de espirros que já dei até agora, por conta de uma alergia louca, com boa Lourdes levantando poeira aqui, e um milhão de coisas pra fazer ao mesmo tempo, consegui trabalhar no layout novo do meu espetacular site de notícias em inglês sobre o Brasil, que não consigo fazer andar há um ano. Tá lindão!

Outro espirro. Ai.

domingo, 29 de junho de 2008

Naninha. Domingão foi longo

Agora é pra valer: revogado de vez o Tratado de Tordesilhas. Tô na área. Se derrubar, é pênalti e é gol pra mim

Bem lembrei que tem uma delicatessen aqui no bairro, que eu sempre gostei de ir, mas tenho evitado por estar na zona de perigo em que me arrisco a dar de fuça com o muso, pela primeira vez, dede o cisma. Que que eu fiz? Nada. Continuei andando olímpica, nariz empinado, cachinhos ao vento, andando, literalmente, montes, pra possibilidade do encontro indesejado.

Nunca mais ficar restrita a uma área "segura" aqui nos arredores do Largo do Machado. Nunca mais manhãs trancada dentro de casa, com vontade de pedalar na praia, esperando dar uma hora segura pra passear sem transtornos.

Cumpra-se.

Ah, sim, a delicatessen tava fechada, e voltei por um caminho mais arriscado ainda. Só de raiva, que tô na minha área, caceta. Chega dessa viadagem.

Vou ralar. Fui.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh! Passei só pra dar uma desabafada: acho que meu cérebro fritou. Mais de quatro horas lendo jornal, fazendo recortes, pensando. Ai. A cabeça chega a doer. O pior é que não fiz nem a metade do que tem que estar pronto até amanhã. A noite vai ser longa neste cafofo.

Fui. Pra uma voltinha na rua pra dar uma relaxada, senão enlouqueço.

E, muito a propósito deste fim de livro, fim de semestre, mais uns trabalhos novos, só tenho a dizer, um tanto atrasada, mas com fé: Feliz 2008!

 Teresa Cristina - Foi um Rio que passou em minha vida
Vou sumir hoje, meu povo. Toda enrolada com trabalho. Bom domingo!

sábado, 28 de junho de 2008

Só mais uma hoje. Nada a ver com nada, é só que adoro; é o que eu chamaria de Hino de Laranjeiras, a turma que é vizinha aqui

 Cassia Eller - All Star Azul

E já cortei... QUATRO páginas inteiras. Refiz as contas aqui, falta eu cortar 22. Ai

Na boa, neste fim de semana, eu viro descanso de tela

Livro + tradução + meu site (o layout novo acaba de ser enviado pra mim!!!!!!) + outras coisitas que preciso preparar pra segunda = Não vou nunca mais tirar a fuça do computador.

Meu Deus, não consigo parar de ouvir essa música da Calcanhoto que postei aí embaixo. Fico repetindo o refrão como um mantra. Socorro!

Já consegui cortar uma página inteira!

YEAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!! Também tem Sinatrão, que é super difícil de encontrar em boa gravação no YouTube. I'M THE QUEEN OF THE WORLD!!!!

 Frank Sinatra - New York New York

Esta vida com trilha sonora tá passando de todos os limites

Revisando aqui a parte em que o casal feliz tenta de novo e esta autora leva o segundo e derradeiro chute, me entra La Calcanhoto no rádio repetindo exaustivamente: "Não volte nunca mais pra mim".

Tudo bem que o muso não tem a menor intenção de voltar, nem eu a essa altura, mas a vontade de ligar e repetir isso no ouvido do fofo, só de raiva, tá chegando a níveis incontroláveis. A letra tá lá nos comentários.

Almoço já.

Só achei uma gravação da Calcanhoto com o Erasmo, que é o autor. Aliás, serviu pra eu descobrir o tal do MP3Tube. Urrú! Nunca mais clip mané do YouTube, que cansei de botar aqui só por conta da música!
 Adriana Calcanhotto /Erasmo carlos - Do fundo do meu coração

O milagre da multiplicação das páginas

Eu corto, recorto, enxugo, chuleio, e inda faltam 30 páginas pra cortar. Ai.

Tava aqui pensado: será que tem a ver com o fato de eu estar acrescentando algumas coisas aqui e ali?

Dã.
Pedalada básica, nenhum encontro constrangedor e irritante. Agora, aqui, no plantão-água, esperando abrirem o registro lá embaixo por meia-hora, pra poder tomar banho e lavar louça.

Sabadão chatinho.

Só vai me restar trabalhar e chafurdar no livro - tá, eu sei que essa obra de arte tá virando uma ladainha sem dó, foi mal, um dia eu acabo.

Cárcere privado

Falei aqui que tinha revogado meu Tratado de Tordesilhas, né? Pura falácia. Louca pra pedalar agora na praia, não consigo me mexer. A essa hora, as chances de encontrar com o muso são de 270%. Tudo bem que ando fazendo progressos a passos de elefante, mas a possibilidade de dar de fuça com o fofo ainda me causa profunda estranheza, vai me doer e posso voltar umas 10 casas no meu processo de cura.

Tá, tá, eu sei, eu sei que preciso encarar o fato de que encontrar com ele por aqui é coisa que vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Mas isso é igual a gordo de regime. Tem que fazer dieta, pra que que o cara vai pruma pizzaria? Não pode comer, melhor não ver. Não acredito que escrevi isso, é metáfora, galera, é a metáfora da pizza.

Ah, sim, o porteiro acaba de ligar, avisando que o prédio tá sem água.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Só Mark Twain salva

Meu Deus, me distraí aqui, entre trabalhar e responder e-mails, com a TV ligada num filminho mané do De Niro com La Streep, romântico até o tênue limite do ridículo, e só agora vi que é quase meia-noite. Cama já. Comecei a sexta-feira de trabalho tardíssimo e acabei me empolgando. Mas até que rendeu bem.

Acho que vou me atracar um pouco com Mark Twain, um livro de textos inéditos do cara que uns pesquisadores acharam recentemente, e, depois, morrer pro mundo.

Fui.

Meu nome é trabalho

Bicicleta pedalada, corpinho alimentado, banho tomado, fuça nos jornais todos que não li por conta da preguiça matinal. Nada pra fazer, nenhum dinheiro pra gastar, só me resta ralar aqui pra planejar umas coisas de trabalho pra apresentar semana que vem e botar um ponto final nesse livro, que virou uma ladainha só. Portanto, fim de semana vai ser de ralação. Tanto melhor.

Aliás, sempre achei viadagem essa coisa de escritor que fala que a gente acaba não querendo finalizar um livro; que tem que fazer um esforço enorme pra se livrar dele. Tô pagando minha língua: fico enrolando, contando mais história, arrematando, lambendo a cria e não solto o bicho de jeito nenhum. E olha que nem tá doendo mais tanto a confusão toda - o pior, com certeza, já passou -, fico é cuidando de detalhes aqui e ali, e a revisão não acaba nunca.

Me fui.

Mais informações no próximo informativo ou a qualquer momento no Plantão do Sua Excelência...

"Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes"

Tava lá, falando bobagem nos comentários, lembrei do muso. Ato contínuo, lembrei que essa música aí embaixo cai como uma luva no fofo. Não resisti. Foi mais forte que eu. Não, eu não me orgulho.

Bicicleta já.

Ah, a gravação aí é com o Zé Ramalho, que dá um depoimento bacana no início. Quem não estiver com paciência, corre até 1:10, que é quando ele começa a cantar.

Posso não trabalhar hoje? Preguiça mortal, meu Deus. Eu juro que compenso no fim de semana

O cérebro não tá afim. Ó, já li a Rio Show, a Programa e... só. Deu um cansaço mortal. Coração cheio de culpa. Foi mal. Fui.
Cruzes, passei boa parte da noite pesquisando aspas do Borges; o homem tá hoje na capa da revista de fim de semana da Folha. Que medo.

Ih, o cara do IBGE que acabou de sair daqui é bem gatinho

Mais bacana que ele, só a aliança enorme que ele carrega na mão esquerda. Saco.

Meu Deus, jornal já! Perdi completamente a noção.

P.S.: Não dei mole pro fofo, não. Fui toda educada, praticamente uma mocinha, eu juro.
P.S.1: Inda é cheiroso. O perfume tá aqui até agora. Ui!

Blog oficialmente mais ou menos de folga

Borges e a anta (no caso, esta autora)

Uma boa amiga já me disse que este blog, no fundo, é uma bobajada pra disfarçar o quanto eu amo, aliás, amei (pra manter um mínimo de dignidade) o muso; que é a declaração de amor mais atrapalhada de que já se teve notícia. Claro que lati e neguei, claro que babei de indignação. Mas, relendo esta pequena obra de arte, sabe que faz sentido.

Aí, enquanto escrevia um artigo aqui, querendo achar aspas do Jorge Luis Borges sobre coisas mais sublimes que o amor-anta, achei a seguinte pérola (adaptada por mim e pelo Google a partir do que acho que é dele, mesmo): "Nunca diga que esqueceu um grande amor, apenas que consegue falar nele sem derramar uma lágrima de saudade."

Acho que cheguei a esse ponto, finalmente.

Acho que preciso ir pra cama.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ah, sim, e tem mais: no meu planeta, dois com dois dá cinco

Foi nada, não. É que acabou de tocar isso no rádio, e me deu vontade de postar. Só achei a versão do Caetano com o Rei, que, como sabemos, me persegue desde o Natal, argh.

Agora é oficial: defunto enterrado

Lá em Nova Orleans, a tradição manda tocar muito jazz quando morre um - não, não valeu pros do Katrina. Acho que tô meio assim hoje. Tristinha ainda, mas tocando jazz na fuça do imenso defunto que virou est..., aliás, aquela dor de corno. Tomem aí o velho Louis.

P.S.: Até já bem cantarolei com a Ana Carolina hoje, sem querer varejar o rádio pela janela.
P.S.: Só falta conseguir tomar minha canja sozinha. Mas eu chego lá.
O melhor de tudo é que 60% dos personagens masculinos com quem tenho me relacionado por conta de trabalho têm exatamente o mesmo nome do muso ou similares. Ou seja, tenho que ficar repetindo o nome do fofo o dia inteiro. Na boa, precisava?

Meu corpo agora é um templo

Ecumênico.

Cura súbita

Esta coisa é igual à dengue. Eu sei porque já tive. Comigo, foi assim:

Quando começou, eu tive um febrão absurdo, de bebê, quarenta e tantos graus, cheguei a meio que delirar no hospital. Uns dois ou três dias depois, em casa, achei que já tava ficando livre, foi dando uma melhorada, e o mal-estar parecia que tava passando. Tadinha d’eu.

Lá pelo quinto dia, foi ribanceira abaixo e cada canto, absolutamente cada canto do meu corpo doía; parecia, literalmente, que ia morrer. Um belo dia passou. Tá, eu até hoje tenho horror àquele mosquito cachorro.

Acabei de ir lá embaixo pegar os jornais que assino e comprar outros dois e cigarro na banca. Acabei lembrando do muso por um motivo besta, andando aqui pelo Largo do Machado. Surpreendentemente, lembrei, deslembrei e, no coração, só uma daquelas tristezas levinhas, da coleção que a gente vai carregando pela vida, só uma daquelas saudades cretinas que a gente vai arquivando na alma e acabam classificadas como coisa sem jeito de resolver.

Também lembrei que a possibilidade de morar fora do Rio daqui a uns meses, por conta de trabalho, não é nada remota e nem fiquei apavorada, como ficaria se ainda estivesse brincando de princesa aqui no Largo. Sei não, mas acho que passou de vez. Tá, ainda não considero a possibilidade de me aproximar de machos em geral. Mas isso, como sabemos, daqui a pouco, passa também.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

No CD player, Harry Belafonte. Rádio de folga. Tô bem legal daquela gente que passou seis meses me torturando

E toma Freud na fuça

Lembrei agora do sonho fofo da noite passada, depois do dia comprido que tive: não lembro de personagens, mas todo mundo, rigorosamente, todo munho no sonho tava morrendo, e eu, correndo de um lado prum outro, apavorada, especialmente, quando percebi que eu também cantava pra subir; até que, claro, apareceu um sujeito, pegou na minha mãozinha, me acalmou e disse que eu não tava morrendo, não, tava era nascendo de novo.

Foi isso. Não tenho nem forças pra comentar mais, só queria contar.

Fogão já e resto dos jornais enquanto a truta assa.

Ah, sim, agora é oficial, como me confirma minha agenda "nova": Feliz 2008!

Não, eu não sei como ler quatro jornais, cuidar do novo trabalho, atualizar o blog, cuidar do livro e do layout do site E arrumar a casa em um dia

Paciência, meu povo, paciência, tô num momento arrumando a agenda aqui, que tá me enlouquecendo. Já volto

Aliás, contei que só esta semana botei em ordem a agenda de 2008, que tava quase zeradinha, sem telefones e com pouquíssimas anotações? Pois é.

Acabo de adentrar o gramado. Nas últimas. Inté quando eu voltar à vida

terça-feira, 24 de junho de 2008

Este frio, é, eu diria, desnecessário pra quem já tá acordado há meia-hora, vendo e-mail, lendo jornal, tomando café. Ao mesmo tempo. Ai

Isso tudo com meu rádio querido, que, se não tá tocando Ana Carolina, tá me informando que já tem um monte de vôos cancelados no Tom Jobim. Por que que eu insisto nesse aparelhinho infernal?

Inté, meu povo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

"Coisa que gosto é poder partir sem ter planos, melhor ainda é poder voltar quando quero". Baixou cigana. Fui

"Me dê notícias do mundo de lá, diz quem ficaaaaaa..."

Ih, esta humilde autora enfia-se num avião amanhã de manhã e noutro,de volta, de noitinha. Vou sumir meu povo, 30 coisas pra fazer. Inté.

P.S.: Sei não, mas tô a sensação de que tô muito perto de chegar à vida profissional que sempre quis. Oremos!

Ladies and gentlemen, o novo hino oficial do blog:

Em 16 de junho, publiquei aqui o seguinte post, a partir da música "That's Life", do Sinatra:

"Em algum momento da letra, Sinatrão manda:

"You're riding high in April, Shot down in May
But I know I'm gonna change that tune,
When I'm back on top, back on top in June."

"Você está a toda velocidade em abril, é abatido em maio; mas eu vou virar o jogo, quando voltar ao topo em junho", o que me dá, se quiser fazer isso aí virar o hino do blog, exatos 15 dias. Fui."

Cronograma, do ponto de vista profissional, cumprido.

P.S.: Só agora eu vi que esse clip aí também tem "My Way". Argh. Desliguei na fuça. Hoje, eu não me entristeço por nada deste mundo - tá, tá, dei uma exagerada aqui, foi mal.

Segundão já começou espetacularmete bem. Tô nem crendo. Nuvenzinhas negras, ao que parece, a caminho de outra incauta. Vou ralar. O dia vai ser longo

domingo, 22 de junho de 2008

Momento fofo: a cena final do "Juno". Cama já. Fui

Pausa na viadagem: acende uma vela, aí, galera, segundão é decisiva pra mim no quesito profissional, aquele que abandonei, crente que ia virar ixposa

Claro que, com este post, abro brecha pra turma do contra rogar praga. Mas vou na fé. Eu e Gil. Fui

É metáfora demais, e tô com preguiça de explicar, mas achei uma foto que é a cara desta alma agora. Ai

Não faz sentido, mas não consigo parar de rir, o que, convenhamos, é excelente sinal aqui neste canto do Largo do Machado neste domingão modorrento

Foi assim

Fui lá embaixo tomar o velho caldo verde de sempre, na Adega, acabei me enfeitiçando pela cena que passo a relatar. Homem de seus 70 anos, casado, flerta com uma senhorinha, também de seus 70 anos, livre, ao que parece. Os dois bêbados. O traste sênior incorporando Jamelão, cantando. Ela, literalmente (eu juro), virando a cabecinha e cantando também, olhinho brilhando. Trocaram telefones e combinaram um esquema de se encontrar, sem que a mulher dele desconfiasse.

Em algum momento, não ouvi o motivo, ela manda na fuça do sujeito:

- Eu não te cobro nada, você não me cobra nada.

Não sei se comemoro a vida ou se pulo da janela com a sensação de que posso ter tido uma visão do meu futuro, sozinha, bêbada no Largo do Machado, flertando com um traste sênior.

Cama já.

O cérebro hoje não tá afim. Não consigo escrever uma linha, nem ler jornal. Ai.

sábado, 21 de junho de 2008

E já tá a turma da paz universal aqui, num sobrado atrás do prédio, gritando pro cosmo. Por que, meu Deus, por quê?
Moquequinha esquecida no congelador já alimentou este corpinho, que ainda não vomitou hoje. Tem bem uma canja lá também, mas, ao que parece, ainda vai ficar mais um pouco. É outro símbolo, igual ao raio do manjericão, mas ainda está além das minhas forças encarar a tal da sopinha. Quando conseguir, saibam, a cura estará consumada.

Socorro!

Tô aqui, quase virando descanso de tela, com a fuça no computador o dia inteiro, mexendo no livro E fazendo back up do outro computador, que, finalmente, vou encostar no estaleiro na segunda (ainda tá na garantia, urrú!). Dei de cara com um monte de coisinhas fofas, românticas, que andei escrevendo, quando as coisas iam bem com vocês-sabem-quem. Tinha esquecido completamente. Tem até poema. Argh.

Ah, sim, podem ir tirando o jegue do sereno, não boto aqui nem amarrada.

Tortura do dia: La Calcanhoto aqui, filosofando e perguntando: "Meu amoooor, cadê vocêêêêê?" Tô nem aí. Olhos secos como o sertão. O dela, eu não sei. O meu, ao que parece, ainda não chegou. E pronto.

Vou almoçar. Pois é.

Resolução de semestre novo

Minha amiga Mirtes tá, nos comentários do post da feira, se surpreendendo com minha capacidade de encontrar um homem, diz ela, "digno, sensível e educado" em universo tão pouco propício; homem que eu, aliás, tratei friamente, movida por absoluto preconceito, admito.

Portanto, que fique estabelecido que, a partir de agora, intelectual culto pode passar longe da minha porta. Estando de volta ao mercado, a quem interessar possa: quero um ser que me leve pra tomar Almadén e comer queijinho Regina cortadinho em cubos, com molho inglês, naqueles vidrinhos que ficam com aquela crostinha na tampa.

Ah, sim, se fizer citação literária, qualquer uma, de Paulo Coelho a Proust, leva com o Almadén na fuça.

Deu vontade de ouvir, com a fuça nos 30 jornais que tenho que ler e, depois, no livro

Sei não, mas acho que tá pintando o novo hino do blog: "Bobeira é não viver a realidade, e eu ainda tenho uma tarde inteeeeiraaaaa..., oi, eu só peço a Deus um pouco de malandragem...". Fui.

Ah, sim

A todos os que queriam me empurrar seis mamões, dois maços de manjericão, duas caixas de morango, repeti 30 vezes: "Quero não, moço. Eu moro sozinha, vai acabar estragando." Até pensei em explicar: "E, inclusive, não faço mais comidinha pra mais ninguém; aliás, se aparecer macho querendo comer minha comida, vai levar com a mão na fuça". Mas acordei supreendentemente digna hoje e me calei com a boca de feijão.

Saco.
Só agora lembrei. Não sei nem o que dizer. Não tenho nem título pra isto. Vou só contar.

Sonhei com o muso. Esculhambei, mas digna, sem perder o charme, e ainda desabafei no ouvido da pessoa: "Quero dar pro Freud".

Meu Deus!

Dor na feira

Não resisto. É mais forte que eu. Preciso contar.

Escolhendo verduras na feira aqui embaixo:

- Eu pego as coisas pra senhora, pra senhora ficar à vontade e ver mais o que a senhora vai levar.
- Não me venha com essa conversa mole, eu sei examente o que quero - ha, ha, ha, minto que nem sinto.
- Ih, minha ex foi embora por isso. Vivia me dizendo pra eu não enrolar ela.
- Tá certo, e meu desconto? - pois é, eu agora, peço desconto na feira.
- Tá, dá seis, fica por cinco e cinqüenta.
- Pô, deixa por cinco.
- Ih, minha ex também foi embora por causa disso: eu não dava o que ela queria.

Cara, sério, o bichinho tá sofrendo igual a um corno, mencionou a possibilidade de pedir pra ela voltar, e eu quase me debulhei em lágrimas, contando a minha história, abraçada ao pobre - que era bem bacana, aliás, devo ressaltar. Mas resisti, digna.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Deu vontade de ouvir antes de me recolher. Culpa do Mark Twain e do Maxwell Smart. Inté segunda, meu povo

Meu nome é Monteiro, Rozane Monteiro

Já bem me diverti horrores aqui com um bom Mark Twain na cama (não acredito que escrevi isso), sempre eficaz em momentos de tristeza em geral. Aí, já ia taxeando pra dormir, quando fui parar na Rozaninha-moleca e só agora compreendi porque o Agente 86 me fez tanto bem hoje e porque saí do cinema marchando, assoviando a musiquinha-tema, que eles mantiveram na versão de agora.

Explico. Eu via o original, com o falecido Don Adams, sei lá, lá pelos meus 10 anos, acho, mas só agora é que me vieram umas lembranças loucas. Eu não só adorava e morria de rir com a patetice dele como cismei de querer ser agente, já entendendo que, se tinha a 99, era porque mulher também podia ser espiã. Portanto, misturei os dois personagens e não só fingia que falava nos meus sapatos todos, como inventei um mega-comunicador numa latinha de metal que meu pai me deu pra guardar não me lembro mais o que, com imãzinhos, fiozinho e o diabo, e vivia me esgueirando pelos cantos da casa, espiando os demais integrantes da família, a saber, Seu Nanão e Dona Nilza, sem que eles, acho, percebessem.

Ah, sim, eu também tinha um revólver marronzinho (pois é, na minha época, era bacana), que atirava umas bolinhas de plástico ridículas, que eu tinha que ficar catando depois que atirava, porque eram caras, eu acho. Aliás, na minha época, era bacana pra meninos, por que diabos meu pai me deu um raio dum revólver, eu não sei - tá pintando o culpado por esta alma miserável. Não, bobagem, bom Nanão também me deu a tal da Mãezinha, uma boneca que revolucionou o mercado na época porque ninava o bebê de um lado pro outro, com uma musiquinha. Tenho até hoje, aqui, no fundo ao armário.

Meu Deus do céu, tô aqui relendo este post e tô tomando mais ficha na fuça.

E esse livro que não acaba.

Celular deu trégua. E o fixo, ao que parece, não enlouqueceu ainda

Cama já. Ah, sim, não sei se vou conseguir, mas pretendo passar o fim de semana recolhidíssima, acabando de arrematar o próximo best-seller do mercado. Fui.

Pô, a crítica da leitora doeu fundo nesta alma. Mas acho que a bronca já tá surtindo efeito. Tento voltar na segunda-feira menos enlouquecida. Eu disse T-E-N-T-O!!!

Ih, agora foi o telefone que enlouqueceu. Toca, toca, com ninguém do outro lado

Momento mocinha

Quase indo pra cama, com um bom livro, comportadíssima.

Tá, já entendi o recado da leitora. Rua já, antes que eu vire o Hardy aí do desenho velho

Esqueci: fui, sim, ver Agente 86

Bobagem das bobagens, mas são duas horas inteiras sem parar de rir, pra desespero do meu afilhado politizado, que há de ter um surto aqui quando souber que eu vi mais um "enlatado" imperialista.

Ih, leitora me deu bronca

Uma leitora tá danada comigo porque ando reclamando demais. Foi mal. Releva aí, leitora, esta revisão tá me enlouquecendo. Tá, eu sei, só eu achei que seria molinho ficar remoendo a alma. Dã.

Defunto enterrado? Ãrrã, ãrrã, ãrrã. Alarme falso. Foi mal

Rapidinho, um apelo

Se até segunda-feira, eu não me livrar do livro e continuar nesta lenga-lenga, vocês podem, por favor, me esculhambar, humilhar e tripudiar nos comentários?

Grata.

Agora, eu vou: banho e cinema. E o raio do copo de leite, única coisa que, aparentemente, me pára no estômago neste fim de inferno. Freud ni mim, eu sei.

Fui. Alma em recesso

Get smart!

Em tempo: o nome original do Agente 86, Get Smart, é excelente metáfora aí pra mim, nesta semana, que, como sabemos, não acaba. Alguém pode, por favor, me gritar na fuça "fica esperta"?

Aliás, uma homenagem ao velho mané, pra ir me distraindo aqui enquanto não chega a hora da sessão

Num falei que minha palavra não vale nada?

Tô aqui revisando o raio do trecho das fichas que vêm caindo desde a semana passada, ao som dessa música aí do Frejat com a Zélia Duncan, que eu acho superbacana.

Agora, eu choro e vomito. A alma e o almoço que levou parte do meu dinheiro contado - o tal do adiantamento só sai na semana que vem. Na boa, eu acho que só volto a comer quando tiver entregado esta pequena obra de arte pra editora. Se eu não tiver uma síncope, naturalmente, até segunda-feira.

E eu que achei que o último fim de semana tinha sido o pior desta ladainha. Ah, coitada. Livro 10 X Autora 0.

Agente 86 já.

Blog oficialmente de folga

Vou, sim, dar mais uma dormida. Merecida, aliás, depois de uma semana inacreditável na minha modesta biografia.

Ia falar "chega de sofrer", mas minha palavra não vale mais uma coroa tcheca furada aqui neste blog.

Fui.

Ah, sim, bom dia, na versão do Hair

Autora mané

Pulo da cama, apavorada. Esqueci de salvar a última versão do livro no pen drive, nesta casa de máquinas loucas que vivem de fazer greve pra me enlouquecer.

Pronto.

Acho que vou dar mais uma dormida. Fui.

"Eu tenho frio, sou um louco amargurado e até vazio... Eu tenho as mãos atadas sem ação e um coração maior que eu para doar... Não sei querer"

Nenhum comentário sobre a foto, é muita metáfora pra minha cabeça. Foi o único clip que achei com a gravação da Zélia Duncan com o Frejat.

O que importa, mesmo, é que esta aí (letra nos comentários) é pro próximo que me cruzar a biografia.

Livro encerrado, tô só na revisão.

Cumpro, portanto, o doloroso dever de anunciar, anotem aí: 20 de junho de 2008, 00:59, defunto oficialmente enterrado.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O pior...

... é a sensação de que fiquei congelada nos últimos dois meses e acordei há uma semana, achando que tinha acabado de me danar toda de novo, sem noção do tempo, meu Deus. Tá, eu acho que já falei algo parecido aqui e já tá ficando chatinho isso, mas, quanto mais reviso, literalmente, esta confusão pro raio do livro, mais eu me convenço de que parece que andei em coma. Raiva. Muita raiva agora.

O melhor...

... é ter ficado liberada até segunda-feira, pra cuidar tão somente do livro. Se eu não tiver uma síncope de tanto remoer esta história toda de novo 30 vezes, durante a revisão, o bichinho segue pra editora no início da semana.

Oremos.

Só o materialismo salva

Eu sei que dinheiro não remenda coração esmigalhado. Mas o encerramento inesperado de um serviço E seu respectivo pagamento adiantado pra, no máximo, semana que vem, deu uma animada nesta alma miserável. E deu até fome. Vou arrumar um canto pra almoçar.

Ah, sim, eu não ia contar porque não faz sentido. Mas decidi contar assim, mesmo. No rádio do táxi de volta pra casa, ela, a própria, minha algoz este ano inteiro, se esgoelando: "Pois então vaaaaaaai! A porta esteve aberta o tempo todo, saaaaai! Quem tá lhe segurando? Você sabe voaaaaar". Eu tive um ataque de riso, o que deve ter feito o pobre taxista caxiense desconfiar, naturalmente, da minha sanidade, rindo com a música da pobre da Ana Carolina, sofrendo igual a uma louca no rádio.

Rua já.

Autora anoréxica

Só desceu um copo de leite, que consegui tomar quase inteiro. Hoje, nem o banho quentinho tá resolvendo. E nem dá pra me debulhar em lágrimas, não vai dar pra chegar na reunião com a fuça inchada.

Fui.

Acho que eu morri

Tirando o manual dos canalhas, o livro tá todo revisado, corrigido, e tô vendo aqui com o editor se dá pra manter no tamanho em que está. Lindo. Mas o enjôo que tá me dando, um frio maluco, uma tristeza absurda tão me matando agora, que tô muito perto de enterrar este defunto. Fico o tempo todo tentando trabalhar aqui como se estivesse lendo uma história qualquer, mas, agora, que revisei tudo, tô... sei lá mais como eu tô.

Na verdade, tinha que almoçar, pra me mandar pra Caxias, prum compromisso de trabalho, mas não consigo nem me mexer aqui, nem comer, nem nada.

Banho já.

Não só não consegui cortar as 30 páginas, como acrescentei mais cinco. Ai

Não resisto: cês viram este filme? A Diane Keaton toma um chute do Jack Nicholson, sofre igual a uma louca e escreve uma peça esculhambando o fofo

Chama "Alguém tem que ceder", e eu vi depois do primeiro chute, com o blog já no ar. Quase morri de rir ao ver esta cena aí, reprodução absurdamente exata do que se passava..., aliás, ainda se passa neste puleiro, eu aqui, trabalhando no livro, repassando a história toda de novo. O que vale ver aí é só o iniciozinho, ela tomando a decisão de escrever, ensopando o notebook de tanto chorar.

História sem fim

Vem cá, por que que jornalista, quando tem que cortar texto, vai lembrando de um monte de coisas que não tavam no relato original e vai escrevendo ainda mais? Isto não vai acabar nunca, meu Deus.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Não tem preço

Tô aqui revisando tudo, cortando excessos, editando a ira inicial do começo do blog e montando coisas como dedicatória do livro, agradecimentos, com o título, meu nome e tal, num arquivo do Word, pra mandar pra editora na segunda-feira.

Fui imediatamente catapultada (palavrinha ridícula, eu sei, mas foi a que me ocorreu) a um certo Natal de 2007, quando eu, babando de ódio, notebook no colo, no ônibus pra Minas, escrevi na tela "Sua Excelência, o Canalha", sem saber ainda em que que ia dar.

Ai.

Medo, muito medo.

Estamos em 13.313 acessos. Tudo bem que ando frágil, mas não tem 13 demais aí, não?

Já consegui cortar 30 páginas dos originais do livro só mexendo no espaçamento. Urrú! A felicidade até existe (argh)

As meninas da Rádio Paradiso acabam de insinuar que seres de 40 e tantos anos são idosos. Na boa, precisava?

Arrumei um motivo de gente grande pra chorar:

Acabo de descobrir que tenho que cortar 60 páginas dos originais do livro. Até semana que vem.

Alguém me abraça!

E vou pro banho

Desenvolvi a estranha mania de, sempre que a tristeza bate, me enfiar no chuveiro, com água quentinha, e ficar lá, imóvel, aquecida.

Cara, eu só não sou mais freudiana porque sou uma só.

Armistício

Máquinas, em aparente estado de paz, voltaram a funcionar.

Autora na concentração e a revolução das máquinas

Contagem regressiva pra entregar o livro à editora, computador de mesa e conexão enlouquecem de novo, claro, e o técnico só pode vir na sexta-feira. Agora, é problema, mesmo, Lourdes tá absolutamente inocente. Ninguém varre este puleiro há dias. A única boa notícia é que o notebook ainda vive e deu tempo de salvar a versão atual do livro no pen drive.

Vou dar uma sumida aqui porque a conexão discada não faz sentido. Até abrir e-mail é todo um processo. Mas contino querendo frases e histórias de canalhas em geral, ajuda, aê.

Inté mais tarde.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Tô aceitando frase dita por trastes em geral pro Manual

Tô refazendo todo o primeiro post, que é o Manual pra Identificar Canalhas. Vai ser amplo, com frases e casos que já vivi e ouvi ao longo da vida, pra descolar um pouco aqui desta minha ladainha interminável. Praticamente um serviço de utilidade pública. Aqui no blog, já pintaram histórias espetaculares, que vão estar no livro. Quem tiver uma própria ou de amigo, pode mandar.

Ah, sim, vale pra meninos e meninas. Minha tese é a de que o ser canalha é praticamente um estado de espírito, que acompanha o ser por toda a vida, macho ou fêmea, ou vem em surtos. Ou tá todo mundo achando aqui que esta alma que sofre nunca foi canalha na vida? Tá, bem feito, eu sei.

Ajuda à autora

Alguém aí sabe onde tem o cartucho mais barato aqui da região? Tô aqui brigando com os originais do livro e vi que fiz uma confusão de datas no relato e vou ter que imprimir tudo de novo. A impressora chega a tremer, a coitada. São quase 130 páginas, e sinto que vai secar meus cartuchos aqui.

Cara, essa coisa de escrever livro tá me enlouquecendo. A cada revisão, eu mudo um troço. Vou acabar escrevendo tudo de novo. Sem falar no trabalho de corno de botar os posts na ordem cronológica, acrescentar coisas, dar uma carinha de livro, mesmo, mas mantendo o tal do tom "espontâneo", que tanto agrada a meu público querido.

Difícil vai ser liberar pra editora. Eu tenho a certeza absoluta de que vou ligar umas 30 vezes pra corrigir aqueles erros que você só percebe depois que entregou o trabalho. Ai.

Até tu, bike?

E claro que a corrente da bicicleta saiu enquanto eu atravessava, olímpica, o Largo do Machado. A traste só não contava com a minha habilidade e as trés décadas de pedalada em Niterói. Reparo feito em menos de 30 segundos.

Tá, eu sei, é com pequenas vitórias que se leva a vida. Meu Deus, não acredito que escrevi isso. Continuo surtada.
Claro que, antes de sair pra pedalar, lembrei de tomar o remédio da pressão. Comprimidinho branco fofo. Que caiu no piso branco fashion. Na boa: por quê?

Autora surtada

Não sei nem como começou. Aliás, sei, sim. Lembrei. Mas não vai dar pra contar aqui, que é muita esculhambação. Enfim, o que sei, mesmo, é que, finalmente, chorei direito o temporal de ficha que me despenca na cabeça desde o fim de semana. Travesseiro encharcado. Sem sacanagem. Patético. Agora, nem consigo mais chorar. Nem trabalhar. Tô parecendo aquelas caixas de privada, que cê dá descarga até acabar a água. Secou.

Meu Deus!

Rua já.

Ficha no Largo

Alguém aí tem alguma dúvida de que nos últimos meses tudo o que eu queria era virar dona de casa, cozinhar pro meu amor e esquecer que tenho cérebro e uma carreira? Tá, eu esqueci de combinar com o russo, eu sei. Também esqueci de combinar comigo. Aliás, não combinei nem com o mercado, que deve estar achando que "a Rozane?, ih, a Rozane deve estar se dando superbem nos projetos dela, não pediu emprego a ninguém em quase um ano."

Vou acabar com traumatismo craniano, de tanta ficha na lata.

Susto no Largo

Nem bem acabava de bufar depois da conversa com o fofo do post aí embaixo, pensando na minha ladainha de sempre, me passa uma mulher pela mesa, gritando um sujeito que tava do outro lado da rua, entrando no carro:

- Fulaaaaaaaaano!

Exatamente o mesmo nome do muso desta minha pequena obra de arte. Nenhuma tristeza, só o pensamento recorrente: quem cuida do meu destino, ou no céu ou nos quintos, tá, sim, afim de me sacanear.

Patada no Largo

Foi assim:

Tava eu almoçando, pra variar, na Adega, quando passou um cara conhecido aqui na área. Conversa vai, conversa vem, pedi ajuda nuns contatos com uma gente que eu sei que ele conhece pra buscar patrocínio prum projeto. Resposta do fofo:

- Preciso cuidar de mim primeiro, pra depois te ajudar.

Na boa, eu até concordo com a premissa, mas o sujeito foi tão seco, com um tom tão diferente de quando eu tinha, minutos antes, oferecido pra ajudar, de-grátis, numa divulgação de uma coisa dele, que fiquei magoadíssima.

Tudo bem, eu precisei fazer 41 anos e tomar dois chutes na fuça em quatro meses, do mesmo artilheiro, pra descobrir que o mundo é mau, muito mau com antas sensíveis. Foi mal.

Quando até o blog sai do ar, é sinal de quê?

Fiquei até agora sem poder postar aqui porque esta coisa tava dando pau. Acho que ninguém deve ter conseguido fazer comentário também. Enfim, cheguei e já tô saindo. Diazinho modorrento, com tudo que é trabalho dando dor de cabeça. Aliás, tenho uma amiga, também assessora de imprensa, que costuma dizer que "cliente bom é cliente é morto". Mas acho uma sacanagem, exagero, sei lá, cínico demais.

Aliás, quando você acorda, pega o terço que sua mãe te deu e a correntinha de um futuro santo e dá esporro no pobre, é sinal de quê? Juro que mandei: "Dá teu jeito, cara, tá foda". Mas já me arrependi. Juro.

Pausa pra almoço.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Banho uterino e a desmoralização da Lei de Murphy

Meu box virou praticamente um útero pra baby anta aqui no banho espetacularmente quente, único aconchego que esta alma miserável encontrará num raio de, sei lá, uns 4.500 quilômetros.

E o telefone, numa provocação clara à Lei de Murphy, tocou exatos cinco minutos depois de eu ter saído. A felicidade até existe - argh.

Vou arriscar. Banho já.

Tá ficando pior

Sempre fui o tipo de gorducha que, a qualquer sinal de ansiedade, tristeza, corre pra compensar com comida. Portanto, invariavelmente, problemas sempre me engordaram - por outro lado, em férias, por exemplo, eu ou emagreço ou não engordo.

Desta vez, o estrago e a percepção da minha participação, por absoluta estupidez, no roteiro desta ópera bufa estão tão espetaculares, que não consigo nem comer. Não desce. Um enjôo permanente, como se eu pudesse, literalmente, vomitar a alma pra poder começar tudo de novo.

Na boa, se eu não enlouquecer desta vez, não enlouqueço nunca mais.

Aí, alguém diz que vai ligar em 10 minutos pra falar de trabalho e não liga.

Por que eu acho que, no momento em que eu estiver virando canja no chuveiro, o telefone vai tocar?

Na geladeira

O que dói, mesmo, é que meu piso frio super-legal, que me custou os tubos na época da reforma, transforma este lugar em um freezer no inverno. Acho que vou me enfiar no chuveiro, com água bem quentinha, pra ver se viro canja.

O livro já tem mês de lançamento previsto. Meda

Só não anuncio aqui ainda direito porque depende de um monte de coisas. Quando puder, aviso. Mas que deu um frio na barriga agora deu. Ai.

Pelo menos, eu já sei como vai ser o final suuuuuper-criativo. E NÃO CONTO AQUI NEM AMARRADA, vamu coçar o bolso aí, quando sair, meu povo! :)

Vem cá, tá um frio de cão neste balneário, ou é só esta alma miserável que sofre?

Já diria o bom Francis Albert, "that's life" ("é a vida")

Em algum momento da letra, Sinatrão manda:

"You're riding high in April, Shot down in May
But I know I'm gonna change that tune,
When I'm back on top, back on top in June."

"Você está a toda velocidade em abril, é abatido em maio; mas eu vou virar o jogo, quando voltar ao topo em junho", o que me dá, se quiser fazer isso aí virar o hino do blog, exatos 15 dias. Fui.

Fim do coma

Hoje, decidi poupá-los da minha filosofice, até porque nem eu tô güentando mais de tanta ficha caindo. Agora, tô aqui prostrada, trabalhando, com o coração apertado, vendo o último ano passar na minha frente e percebendo a imensa quantidade de bobagens pessoais e profissionais que eu ou fiz ou deixei que fizessem. Acho que eu passei esse tempo em coma. O estômago chega a estar embrulhado. Que medo!
Meu Deus, eu tô igual àquelas atrizes globais que saem de cena por algum motivo pessoal, deprimem e depois tentam a volta por cima dando entrevista pra Contigo!. Acho que vou ficar quietinha hoje.

domingo, 15 de junho de 2008

Só mais uma fichinha, a última do fim de semana, eu espero

Ele precisava, e ainda precisa, de alguém menos cerebral, culta e inteligente que ele próprio, moça simples, mesmo, comportada, sensata, calma, atenta só às coisas do dia-a-dia, à vida comum, às delícias da cama, sem desvarios existenciais, como parecem ter sido as mulheres que teve ao longo da biografia, pra poder ir levando o que lhe resta de vida forjando o personagem de intelectual brilhante, encantador, que, na verdade é - refiro-me somente ao "encantador".

Eu precisava, e ainda preciso, de alguém mais cerebral, culto e inteligente do que eu, pra poder baixar minha bola e me fazer parar de achar que sou um gênio incompreendido, dona de QI alto, coração anta, crente que Pitágoras pode ser de alguma valia neste momento difícil, crente que silogismo resolve tudo.

Egocêntricos demais, erramos os dois.

Rapidinho, antes de almoçar

Eu sei que a nata da intelectualidade vai querer me enfiar a mão, mas o raio do Sex and the City tem muito a ver com este domingo de epifania. É assim, ó: quando me vi, de cara praquele mundo absolutamente artifical do filme, com mulheres que não existem e romances idem, fui me dando conta de que eu, aqui no Largo do Machado, andei criando um belíssimo roteiro nos últimos meses sem nem me dar conta do que era vida real e do que era castelinho de moça carente. Meu Deus! Acho que incorporei Freud hoje. Não pára de cair ficha aqui.

Frango pronto, finalmente. Fui

E quase queimo o frango

Fui inventar uma receita bacana de frango em homenagem ao domingo de iluminação, e o bicho não fica pronto de jeito nenhum. Tô até agora pilotando o fogão, morta de fome, e, de quebra, me distraí aqui e quase vai tudo pro lixo. Tá foda.

Aliás, pára tudo! Caiu outra ficha

Passei os últimos seis meses aqui praguejando contra o ano, mentalizando pra acabar logo. Tá tudo errado. 2008 não pode acabar de jeito nenhum. Vai ter que esticar. Este ano não pode entrar pra minha modesta biografia como tendo sido só de dor e derrota, além da dureza absurda em que me meti. Ai.

Parece que acabo de arrancar um espinho do pé

Fogão já. Imediatamente depois, rua. Preciso de sol na fuça pra confirmar que tô viva ainda. Preciso sentir algo, nem que seja calor. O peito ficou vazio de repente.

E toma ficha na fuça

Não paro de fazer conta. Só hoje, sem sacanagem, só hoje é que me dei conta de que já se passaram quase dois meses do fim definitivo da ladainha. Pra mim, parecia que tinha sido semana passada, de tanta tristeza ainda que me tortura. Eu simplesmente não percebi o tempo passar. Simples assim.

Aí, também tá me passando toda a ópera bufa na cabeça, desde o início apaixonado, passando por um monte de momentos em que eu, mesma, percebia que aquela relação não era exatamente o que eu queria, por já perceber sinais de que havia diferenças irrevogáveis entre nós; por já perceber posturas dele que simplesmente não me desciam na garganta, mas que eu entubava, em silêncio, pra não me aborrecer e perder meu sonhozinho de princesa. Quando não, chutava o balde e iniciava discussões insanas, daquelas que você tem certeza de que não vão chegar a lugar nenhum, já que ninguém arreda pé dos argumentos. De quebra, ainda perdi uma grande amiga pelo caminho, num surto. Só não vai dar pra contar aqui, não vou expor personagem que não tem rigorosamente nada a ver com a confusão toda. O mesmo vale pra outros tantos, que acabaram participando da trama voluntária ou involuntariamente.

Mas pra que sofrer pouco, né? Fui levando a vida, o tempo foi passando, e eu achando que ia cair uma pomba do espírito santo na cabeça do fofo e ia fazê-lo ficar exatamente como eu sonhava ser meu companheiro ideal. Pra piorar, fui me distraindo da minha carreira absurdamente ou por estar absolutamente apaixonada, bancando a mulezinha feliz, ou por estar absurdamente no inferno, sofrendo igual a uma louca, achando que a vida não valia mais nem uma coroa tcheca furada sem o muso. Ou seja: um belíssimo festival de tiro nos dois pés e na testa.

Chamei de amor, mas agora tá me dando um enjôo por perceber que, talvez, o que me moveu nos últimos meses há de ter outro nome. Amor não pode ser essa mistura de cegueira, ilusão e masoquismo a que a gente, às vezes, se submete. Ou talvez tenha sido apenas a paixão pelo que eu tinha conquistado: um namorado pra chamar de meu, sexo de excelente qualidade e cafuné, fingindo não perceber que o personagem jamais caberia no meu modelo de homem (claro que ter um modelo, em si, já é um erro patético). Ou vai ver foi amor, mesmo, e eu é que não sei amar pouco, com calma. Na verdade, cansei de acusá-lo de ter medo de se envolver, sem nunca, nunquinha, mesmo, admitir que eu também não sou exatamente uma especialista em abrir a guarda pra dividir minha vida com alguém. Dã.

Não tô perdoando ninguém. Nem bancando a louca, achando que a culpa foi só minha. Mas a percepção de que esta dor toda, em parte, é simplesmente responsabilidade da anta aqui, que insistiu até o último instante no que já sabia que não tinha futuro, tá me enlouquecendo. Pior: foi preciso eu pastar esses meses todos pras fichas caírem todas num dia só. Hoje, domingão mais ou menos de sol. Ai.

A mãe de todas as fichas

Mau humorzaço neste domingão. Fuça no travesseiro até ainda há pouco, pensando na vida, repassando este ano todo na cabeça, mea culpa daqui, raiva, muita raiva dali, etc e tal. Aí, fui fazendo as contas: dos últimos 10 meses, eu passei quatro chorando igual a uma louca, por conta de uma relação que sempre teve tudo pra dar errado, mas ficou num vai-e-vem absurdo, uma paixão cega, burra, até cair de podre.

Não vou nem perder tempo aqui mandando acusação ao muso do blog nas entrelinhas, não faz mais nenhum sentido. Até porque, vamu combinar, eu é que devia ir presa por ter sido tão mané e ter chutado minha auto-estima, meu orgulho e minha dignidade pela janela nesses últimos tempos.

Que horror! Que vergonha! Que medo de mim!

Tá, eu sei, eu sei que reconhecer essa manezice minha conta um montão de passos em direção à cura, mas neste exato momento, quero morrer pela percepção tardia, muito tardia, de que, o muso pode até ter sapateado no meu coração, mas adivinhem quem foi a anta-mór?

É galera, acho que nesta semana, enterro esse defunto e entrego o livro pra editora. Tá pintando o fim desta narrativa.

sábado, 14 de junho de 2008

Revogado meu Tratado de Tordesilhas

Venho, por meio desta, informar a meus caros leitores: fica definitivamente revogado meu Tratado de Tordesilhas. Portanto, devo avisar à praça que estarei circulando pela praia do Flamengo na minha bike nova na hora que eu quiser, no trecho que eu quiser. Cansei de ficar presa em casa, louca de vontade de pedalar, e/ou de ficar circulando só por pedaços mais ou menos seguros porque Sua Excelência poderia estar na área.

Caguei se isso vai significar algum encontro inesperado e indesejado. Cumpra-se.

Até porque já descobri que, na bicicleta, dá pra fazer cara de planta, olhando pra linha do horizonte, fingindo que não vê nada que está ao redor, nem as flores festejando mais um dia que vem vindo.

E que ninguém me culpe por não ter avisado.

Minha vida não faz sentido, eu é que insisto

Passei boa parte do tempo depois de ir ao cinema revisando meu livro, sofrendo tudo de novo, pensando, juntando lé com cré, avaliando meus próprios erros do passado e recentes (especialmente os recentíssimos; os muito recentes, mesmo, incluindo os impublicáveis), pra poder dar um sentido aos últimos quase 10 meses - meu Deus, tem quase um ano essa ladainha! Mas acabei me animando (efeito direto do Sex and the City, cuja protagonista é escritora) e fui também pensando num segundo livro, o que só será possível se esse primeiro vender direito, claro.

Peguei o pen drive, que armazena tudo o que tava no laptop que vendi ano passado, e fui rastreando coisas já escritas, principalmente o livro que tem as crônicas do ano que passei em Praga, e que já tá rascunhado, com cento e tantas páginas.

Também catei uns contos perdidos.

E acabei dando de cara com um que comecei a escrever no dia 23 de maio de 2004, diz a data aqui do arquivo. Em Praga. Ficção sobre uma repórter que tenta dar uma virada na carreira, baseada na minha própria experiência nesses anos todos, contando coisas que não poderia se apresentasse o texto como reportagem. Não consegui nem acabar de ler a introdução. Tô aqui em pleno surto de gargalhada e de uma tristeza absurda, certa de que isso só pode ser sacanagem do meu anjo da guarda: o cara que é o pivô do início da trama toda - iniciada, repito, há quatro anos - tem exatamente o mesmo nome do muso deste blog, que botei no ar no inesquecível Natal de 2007.

Por que, meu Deus? Por quê?

Sex, the city and the stupid Brazilian journalist

A minha capacidade de dar tiro no meu próprio pé tá passando de todos os limites. Claro que fui ver Sex and the City, que quase me matou de rir com aquela bobajada de sempre das quatro. Mas o que importa, mesmo, é que tô até agora irritadíssima com aquele monte de gente feliz, gostosa e bem-sucedida; furiosa porque tô mais gorda do que a Samantha; e indignada porque este vestidinho ridículo que tô usando foi comprado no camelô do Largo do Machado, único comércio do qual meu orçamento atual me permite me aproximar.

Ah, sim, já cheguei no cinema dando esporro num sujeito que falava aos berros no celular com a projeção já iniciada. Como eram os traillers, ele achou que podia. Levantei, super-fina, sem levantar a voz, e reclamei com ele, arrematando com a ameaça de chamar o lanterninha. A anta foi obrigada a sair pra acabar a conversa.

E, encerrando este post mal-humorado, informo que tem um baile funk na escola aqui do lado.

Rua de novo. Já. Fui.

Mór preguiça

sexta-feira, 13 de junho de 2008

E vou pra cama. Com um livro

O meu. Vou enfiar a fuça um pouquinho aqui nos originais.

Melhor, só se não doesse tanto ter que ler a história toda de novo, com a frieza de editor, pra decidir formato, estilo, etc, etc, etc. Ai.

O plantão do Sua Excelência... informa:

Fui a uma casa de massas e comi truta. Meu Deus!

E já tá a louca da Ana Carolina sofrendo aqui no rádio

Desliguei na fuça. Agora, eu vou. Inté

Ah, sim, ainda quanto à anta verde

Três décadas depois do original, revolução tecnológica comendo solta na tela, os caras não conseguiram resolver aquela parada da calça do Bruce Banner que continua cobrindo as partes da anta verde quando o cara se transforma e fica 30 vezes maior. Até tentaram fazer graça no roteiro, mas continua ridículo. Tá, admito, eu, se fosse produtor de Hollywood, também não teria peito de botar no roteiro um monstro nu, com um pau verde enorme.

Também sei que esperar coisa verossímil num filme dum sujeito que vira monstro verde é malice minha. Foi mal.

Eu, pelo menos, não fico verde

Meu povo do cérebro, minhas sinceras desculpas. Não me orgulho do que estou prestes a admitir. Mas sou moça franca, todo mundo aqui sabe disso. Acabo de me divertir horrores vendo Hulk e não vou me meter em polêmica anti-imperialista nos comentários: tô nem aí, não pretendo cair em nenhuma provocação - viu, Bernardo?

O melhor foi ter praticamente uma epifania na cena em que a anta verde dá soco no ar, irritadinha com a chuva. Comecei a rir sozinha, lembrando de certa jornalista que anda tendo ataques de fúria de tanto levar chute do homem que amava (verbo no passado pra manter o mínimo de dignidade que ainda resta à autora).

Ah, sim, quase chorei nas cenas românticas. Dã.

Fui. Vou me levar pra jantar.

Autora anta

Até que a sexta-feira tá caminhando sem sobressaltos. Já dei uma volta de bicicleta, vou encarar o fogão pro almoço e enfiar a fuça no meu livro, que não agüento mais ficar olhando aqui pra esses originais. Bem feito, pra deixar de ser anta. Inventei essa merda pra desabafar, agora, não consigo enterrar o defunto.

Tô de folga

Meu Deus, é sexta-feira 13! Só agora me dei conta. Fiquei muda aqui quando vi a datinha em cima do último post. Medo, muito medo

Argh, lembrei que hoje é dia de Santo Antônio

Portanto, no meu planeta, hoje já é 14 de junho.

Vivaldi é sacanagem

Sim, eu fui pra rua com outra solteira pra não me rasgar toda aqui, sozinha, dentro de casa na data cujo nome eu não pronuncio mais. Claro que todos os casais do mundo, com moças e suas flores, tavam no boteco. E claro que tinha uma louca duma mulé vestida de anja, tentando convencer os casais todos a dar beijo de língua por 30 ou 60 segundos pra ganhar brindes e desconto num motel. Desnecessário destacar que, com a minha sorte, apareceu um homem com um violino na calçada - enquanto eu esperava, sozinha, pela outra solteira - e eu quis morrer, de oclinho, lendo a Carta Capital. O sujeito tocou de "My Way" a Vivaldi, eu juro.

- Cê quer dar uma contribuição espontânea pra ele? - perguntou um fofo, com a caixa do violino aberta.

- Só se for pra ele sair de perto de mim - respondi, super-centrada, enfiando cinco reaus no raio da caixa. Funcionou.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Hacker anta

Às vezes eu acho que vocês devem achar que eu fico inventando história só pra ter assunto aqui; que eu fico de sacanagem, só pra manter o personagem que não pára de se danar este ano. Também acho que não adiantar eu jurar que é tudo verdade. Tomem mais uma:

Tô bem aqui fazendo meu internet banking, vendo quanto me sobrou numa conta, e descubro que tem um hacker doido pra roubar todos os 200 reais negativos que tão lá. Agora, tô aqui envolvida com o povo do apoio ao cliente do banco, trocando senha e o diabo.

Não tenho nem mais o que dizer. Acabou a inspiração.

Aliás, o dia também já tá terminando, com a graça de Deus, Buda e Alá.

Fator Lourdes

Os computadores continuam loucos. A conexão, resolvi, mas patroa aqui baba mais de ódio agora. Depois de fritar neurônios e entortar a coluna ligando e desligando fios pra descobrir que diabos tava acontecendo com o Velox, descobri que o ponto telefônico original, escondido lá no quarto, tava desconectado. É o que eu chamaria de Fator Lourdes, que acaba de encerrar a faxina e me deixou aqui já babando, tentando fazer esta tralha funcionar, sem saber que minha guru deve é ter metido a vassoura lá e desligado o fio.

Ah, sim, Fator Lourdes também me fez pensar que o rádio tinha pifado. Claro que era uma tomada desligada. E claro que, quando liguei a tomada da extensão do fio, o DVD player ligou e começou a tocar aos berros meu DVD do Robbie Williams, sem imagem, o que me fez naturalmente achar que aquela voz falando inglês, sobrepondo-se ao som do rádio, só poderia ser alguma interferência extraterrena.

Na boa, galera, expediente encerrado aqui. O dia tá passando dos limites. Fui.

E o que tem a menor chance de dar errado...

O Velox não tá afim. O computador de mesa e o notebook só funcionam quando querem. E agora só consigo conexão discada. Lerdíssima, claro. Isso tudo com um aborrecimento de trabalho sem precedentes na minha modesta carreira, neste dia que, como 2008, não acaba. Já me disseram uma vez que as máquinas da gente são igual a cachorro, a cara do dono: alma na lama + fúria profissional = caos eletroeletrônico doméstico.

Tô aqui quase babando de ódio.

P.S.: Quanto à data festiva, ia até fazer umas gracinhas, me lamuriar mais um pouco, mas tá tudo doendo tanto, que é melhor ficar de bico fechado.

Rio de Janeiro, 13 de junho de 2008

No meu planeta, como anunciado aqui, hoje já é dia 13. Almoço em Caxias agora (tô no computador da gerência do restaurante, longuíssima história). Computadores todos em pane em casa. Caos. Caos. Caos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Procurando blogueira com dignidade? Blog errado. Tô puta

Essa coisa aí foi cantada pelo Sinatra, mas o raio do youtube só traz uma versão chatinha com o vendido do Bono cantando a mesma música com o Tony Bennett, versão mala do Sinatra. Francamente. Mas, enfim, como é, ao menos durante o dia amanhã, o hino oficial deste blog, fica o registro. A letra eu repito aqui, praticamente um manifesto. Fui. Mesmo.

I wanna be around (Quero estar por perto)

I wanna be around to pick up the pieces when somebody breaks your heart,
(Quero estar por perto para juntar os pedaços quando alguém partir seu coração)
Somebody twice as smart as I.
(Alguém duas vezes mais esperto do que eu)
Somebody who will swear to be true like you used to do with me,
(Alguém que vai jurar ser sincero, como você fazia comigo)
Who’ll leave you to learn that misery loves company, wait and see.
(Que vai te fazer aprender que um desgraçado gosta de ter outro desgraçado por perto)
I wanna be around to see how he does it when he breaks your heart to bits,
(Quero estar por perto pra ver como ele - vale pra "ela", naturalmente - faz pra partir seu coração em pedacinhos)
Let's see if the puzzle fits so fine,
(Veremos se fará o mesmo sentido pra você)
And that's when I'll discover that revenge is sweet,
(É aí que vou descobrir como é doce a vingança)
As I sit there applauding from a front row seat,
(Quando eu estiver aplaudindo, sentado na primeira fila)
When somebody breaks your heart like you broke mine.
(Quando alguém partir seu coração como você partiu o meu)

Amanhã, pra mim, já é 13 de junho

Dia compridíssimo amanhã, prova absoluta de que minha vida não faz sentido (= compromisso de trabalho e um milhão de coisas insanas pra fazer). Pra caminha daqui a pouco. Me recuso terminantemente, como diria meu pai, a estar acordada quando esta noite virar madrugada de um certo dia maldito.

Ah, sim, piadas sobre a data de amanhã deverão ser ignoradas ou, se me irritarem muito, sumariamente excluídas.

Só pra registrar

Até que enfim, música de gente aqui. Cat Stevens - antes de ele querer fritar o pobre do Salman Rushdie. "Wild World". Eu até catei o clip pra postar aqui, mas, aí, fui vendo a letra direito, e achei que era humilhação demais, mesmo pros padrões deste blog.

Quase viro pica-pau

Pouqúissimos incidentes relativos à volta de bicicleta. O único digno de registro, na verdade, foi o fino que tirei de um tronco torto baixinho que tem na praia. Não é sacanagem nem licença poética: fui olhar pra trás sei lá por que diabos e quase enfiei a fuça no tal.

No mais, já botei o homem aqui pra consertar a privada, finalmente, e vou ralando meu coco, driblando a gerente de banco que tirou o dia pra me atazanar. Na boa, se eu morrer hoje, acho que quebro pelo menos uma administradora de cartão e um banco. Aliás, se eu morrer hoje, ninguém vai saber, e vou ficar mofando aqui até a boa Lourdes chegar pra faxina.

Ai, deprimi.

Agora, eu vou. Inté

Vida dura

Pô, eu juro que já tava de bolsinha, fantasiada de ciclista. Celular tocou. Trabalho. Tive que ficar. Até resolver uma pendência aqui. Uma hora eu vou. Me aguardem.

P.S.: Na falta da Ana Carolina, agora o rádio me tortura com a louca da Maria Rita, implorando pro sujeito voltar pra ela. Ridículo. Moça mais sem compostura.

Eu e os Vikings de Minnesota de partida

Iogurte light já no bucho, já enfiada numa camiseta dos Vikings (time de futebol americano de Minnesota - longa história), pendência de trabalho já resolvida, zarpando pra praia pedalar. Ah, sim, também já baixei minha caixinha de ferramentas aqui e já levantei um pouco do banco da bike (preciso dar um nome pra ela), a despeito da anta do cicle ter apertado aquela porca como se não houvesse amanhã. Sem nem pedir ajuda a macho nenhum. Tá, eu sei que não tem nenhum por perto, mas em algum momento, prestes a torcer o pulso, pensei em apelar pro porteiro. Não precisou, acabei conseguindo. Auto-estima subindo.

Fui.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Banho já! (Tá, eu sei que já falei isso aqui, mas agora eu vou)

Já enrolei tudo o que pude aqui pra tomar banho, já comi coisinha levinha, já tive uma boa notícia de trabalho e já me emocionei mais do que devia com esse raio dessa novela das oito que tem mãe que pariu a filha e ficou longe, etc, etc, etc. Vou me embora antes que me debulhe em lágrimas - na boa, ando chorando até em comercial de plano de saúde, com aquela gente toda feliz porque tá andando de UTI móvel.

A vida em duas rodas no Largo

Não vou nem tentar descrever o que se passou neste peito sofrido durante a primeira voltinha pedalando depois de anos, com o vento na fuça, driblando os carros, moleca niteroiense reencarnada.

Opto, portanto, por um relatório minucioso:

Minutos até eu tomar coragem e montar na bicicleta nova, com medo de encarar o trânsito: uns 10.

Seres quase atropelados por mim: duas mulheres, um homem e dois cachorros.

Seres que quase me atropelaram: uns 37.

Sinais de pedestre furados por mim só pra ver se ainda tava esperta: um, na Dois de Dezembro com Rua do Catete, tirando um fino de um motoqueiro apressadinho.

Vezes em que consegui andar sem mão como sempre fiz: nenhuma; deu o maior medão.

Vezes em que me desequilibrei, caí enganchada na barra do quadro da bicicleta e quase gozei: uma.

Vezes em que a roda traseira se enfiou na porta-sanfona do elevador, e o bicho parou entre um andar e outro: uma, e eu quase morri de susto, com a bicicleta escorregando da minha mão (só cabe em pé), amassando meu dedão esquerdo e a porta abrindo.

Pernas doendo: duas.

Alma em estado de graça: uma.

Banho já.

Vou num pé e volto pedalando

Fim do expediente aqui neste modestíssimo home office, sensação do dever cumprido. Vou lá pegar meu brinquedinho, entidade que, além de mim, será a única que se aproximará da minha cama nos próximos tempos. A boa Lourdes vai ficar tããããão feliz de ter mais um treco pra arrastar pra varrer o vão entre a cama e a estante. Tadinha.

Fui.

"I WANT TO RIDE MY BICYCLE"!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu e o Freddie Mercury

Agora, que eu vi que tá armando chuva, e eu vou acabar não podendo estrear minha bicicleta. Sacanagem. Tudo bem que passei boa parte da infância vigiando chuva pra poder sair de bicicleta pra molhar a fuça lá em Niterói. Mas aqui no Largo do Machado, aos 41, acho que vai pegar mal. Se bem que, pra quem já andou chorando igual a uma louca pelas ruas da região, tô achando pedalar molhada mico inferior.

Vou pensar.

Panela no fogo, barriga vazia

Moderadíssimo repolho recheado com carninha e arroz integral, berinjela e abobrinha. Não cozinha de jeito nenhum. Fome. Vou atacar al dentíssimo, mesmo, daqui a pouco.

Blog no almoço

Antes disso, só de raiva, tava aqui retomando um velho projeto que repousou meses empacado: um sensacional site de notícias em inglês, que tá com o novo layout ix-pe-ta-cu-lar. Urrú! Tá lindo! Só não vai dar pra mostrar hoje porque tem que fazer um monte de ajustes ainda. Daqui a uns dias, eu mostro.

Até que essa coisa de tomar chute é, de certa forma, produtiva. Podia era não doer. Insisto na tese de que essa dor toda só pode ser culpa da maçã da Eva. A louca foi fazer graça, e a mulherada (especialmente a ala mané) paga até hoje.

Enfim, nada disso tem importância. O que importa, mesmo, é que vou encarar o fogão agora.

Inté.
Aliás, não fiz alarde aqui porque bem me conheço (nem vou botar título neste post) e porque as chances de eu não conseguir manter a palavra empenhada comigo mesma são enormes, como sabemos. Mas já estou no segundo dia ingerindo só coisinhas saudáveis. Com direito a suquinho de morango e mamãozinho com aveia no café da manhã. Pra orgulho da Dra. Alice.

Faltam cinco horas pra eu pegar minha bicicleta. Uoba!

Cara, a pessoa fica solteira, sofre igual a um tatu e vai ficando louca. Eu agora amo minha bicicleta nova. Meu Deus.

Caos, caos, caos: montão de trabalho acumulado. Fui

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nada a ver com a ladainha de sempre e veio num desses spams de amigo. Por acaso, não deletei. Ó, que lindo:

Tá, tá bão, eu conto: comprei minha bike na Sendas. Pela metade do preço de mercado. Não, eu não me orgulho

Homenagem ao meu brinquedo novo

Bicicleta já adquirida

Claro que vou ter que arrastar a cama mais pro lado, virar uma mesinha de ladinho e enfiar a bicha no vão que sobra entre isso tudo e a estante, cujas portas, naturalmente, nunca mais abrirei.

Por enquanto, ela tá lá com o moço do cicle pra regular freio, etc e tal.

Claro que paguei um preço ridículo e claro que comprei num lugar que não faz sentido. O mesmo moço do cicle já jurou que eu vou me arrepender.

- Moço, que parte da frase "eu não tenho dinheiro" você não entendeu? - retruquei, humilhada.

Ah, sim, de hoje não passa: vou comprar uma bicicleta que eu tô namorando há séculos. E pronto. Ando merecendo um presente

Segundão já rendendo, e eu já ralando aqui, com 150 coisas pra fazer. Fui

domingo, 8 de junho de 2008

Meu Deus, tô vendo Faustão: alguém me interna!

É que liguei aqui só pra fuçar os canais da NET, passei na Globo, sei lá por que diabos, e dei de cara com a votação do "melhor imitador do Brasil", com dois caras que imitam o Tim Maia e o Renato Russo. Não sei o que me impressiona mais: o talento dos dois de, literalmente, incorporar defunto, ou de perceber que tem dois seres humanos que dedicam a vida a ser o que não são. Ai. Doeu.

Vou ouvir Zeca Pagodinho, que é o que de melhor há pra fazer neste puleiro.

Blog oficialmente de folga

sábado, 7 de junho de 2008

Tô triste e pronto

Eu cheguei a considerar a possibilidade absurda de botar a Ana Carolina e o Seu Jorge, que têm me torturado há exatos cinco meses na rádio aqui do meu modesto home office do Largo. Mas achei que era lama demais. A canção e a letra originais têm um pouco mais de dignidade, embora sejam imensamente mais tristes. O fofo chama Damien Rice. A música é The Blower's Daughter, tema do filme Closer, que, aliás, eu vi em Praga (terra que me mata de saudade) e quase morri de chorar. Meu Deus. Tá ficando pior.

Agora, sim. Fui.

Pronto, liberada. Fui

Tô quase virando descanso de tela

Eu sei que é o óbvio ululante, mas só agora me dei conta de que passo simplesmente o dia inteiro, todo o dia, em frente ao raio do computador. Agora, mesmo, tô aqui no Skype falando de trabalho. Meu Deus. Eu vou enlouquecer.

Fico me imaginando igual àqueles peixinhos que ficam fazendo biquinho e nadando de um lado pro outro na tela do computador de mané que acha lindo ter descanso de tela fashion - foi mal, aê, se alguém tem os peixinhos; quando vi, já tinha escrito.

"Se caminhar fosse saudável, carteiro era imortal"

Isso tá aqui no MSN dum contato. Não consigo parar de rir.

Suíça 0 X República Tcheca 1

Enfim, alguma alegria no sabadão.

Acho que nem todo mundo aqui sabe, é que eu morei em Praga um ano e adoro aquela gente, que deve estar se encachaçando de cerveja à beira do rio Vltava.

Quanto a morar lá, é uma longa história, tô com preguiça de contar agora. Mas adianto que não tem rigorosamente nada a ver com macho nenhum.

Parece provocação. E é. Sabadão cozinhando pra mim mesma ainda me irrita e entristece (a letra tá lá nos comentários)

Alguém me abraça!

De volta de uma boa caminhada na praia, percebo, feliz, que a serra da galera da paz universal já tá quietinha. Quem não tá quietinho agora é o vizinho de cima, que resolveu botar um mané lá pra furar algo na janela e martelar não sei que diabos. Ah, sim, a serragem do troço que ele tá furando já caiu na minha roupa que secava no varal do lado de fora da janela e já tive que tirar pra lavar tudo de novo. Claro que já lati no ouvido do traste, que ficou pedindo desculpas umas 30 vezes.

Na TV, De Volta pro Futuro, metáfora que tá me matando de irritação com esses palhaços alterando o próprio passado, ou o futuro, sei lá, nunca entendi esse raio desse roteiro.

Ah, por que eu não vou ao cinema? Porque tô trabalhando hoje e preciso ficar com o celular ligado o tempo todo e sem poder ir muito longe porque posso ser acionada pra sair.

E tem mais:

1) Os jornais do fim de semana descobriram que o Dia dos Namorados é na semana que vai entrar, e vêm todos com materinhas super-criativas sobre a data maldita desde ontem.

2) O Brasil perdeu pra Venezuela do tarado do Chávez.

3) Dei de cara com a fuça da anta do procurardor-geral de Roraima, que é pedófilo, numa primeira página de jornal - na boa, isso me tira do sério, a gravação do cara ontem no Jornal Nacional foi de vomitar.

4) A Caixa me mandou uma cartinha super-fofa falando que já posso adquirir minha casa própria, quando não consigo nem pagar o cheque especial deles.
4.1) Uma peça publicitária anexada a um dos jornais me avisa: "O melhor presente está ao seu lado. Dia dos Namorados. Botafogo Praia Shopping".
4.2) Ah, sim, a título de esclarecimento: as únicas coisas que tão ao meu lado agora são a porra da minha impressora e o gaveteiro com documentos da minha empresa, que tá enterrada junto com uma caveira de burro.

5) Sangro qual fora soldado no front inimigo - tá, podia ser pior, eu sei; fui ingrata agora, foi mal.

Meu Deus, isso tudo em três minutos que fui lá na caixa de correio pegar meus jornais. E nem é meio-dia ainda.

Lembram do bom humor de ontem?

Pois é.

1) Retornos que tinha que ter de trabalho até ontem não vieram.

2) Tem um infeliz que serra azulejo aqui atrás do prédio desde o início da semana e hoje, sabadão, me acordou com o barulho infernal.
2.1) Claro que já fui lá, um raio dum sobrado de um povo oriental que faz uns exercícios, umas coisas, gemendo "auuuuuuuuuuuuuuun" aos berros com freqüência, e dei esporro, encerrando, teatral: "Isso tudo porque vocês querem a paz universal, né?". Claro que o cara, que não é brasileiro, ficou me olhando com aquela cara de homem equilibrado com o cosmo, concordando com tudo. Argh.

3) Quero caminhar no raio da praia, mas se for, a essa hora, vou acabar encontrando com quem não quero e ficar ainda mais mal humorada.

4) Tem uma porra duma música que sempre que começa na rádio, eu acho que é "Stand by Me", fofa - os caras roubaram a introdução. Aí, começa, e uma louca emenda um raio dum troço bate-estaca de enlouquecer. Tá aqui, comendo solto, rádio alto, pra abafar o raio da serra.
4.1) Por que não mudo de estação? Já expliquei aqui: se eu mexer neste dial super-moderno do meu som, todo digital, periga nunca mais achar minha rádio preferida.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Tédio, tédio, tédio: nem a Sendas salva

Prequiça até de ir ver Sex and the City. Aliás, minto descaradamente. Preguiça, nada. Não sei é se quero ver aquelas quarentonas chiques, bonitonas e bem sucedidas desfilando quase três horas na minha fuça.

Podiam inventar uns dias sem noite, né? A esta hora, vai dando um tédio só.

Jantar bacana no meu puleiro é o que me resta.

Ver a novela nova das duas loucas, talvez?

Meu Deus, cadê eu?

Tédio, tédio, tédio: só a Sendas salva. Fui

"Aos trancos e barrancos, lá vou eeeeeeuuu..."

Alguém chama um médico!

Só pode ser culpa da palestra, que me deixou com a corda toda. Já trabalhei, já caminhei, já passei o olho nos quatro jornais que agora tenho que ler todo dia, já fui no HortiFruti e tô aqui cozinhando o almoço: arroz integral com legumes e bifinho.

Vou escrever agora à tarde pra parar de enrolar com o livro e ver se mando os originais na semana que vem pra editora, que nem eu güento mais essa ladainha. Também já dei uma pesquisada no que há de mestrado ou pós em Comunicação pra 2009. E, se tudo der certo, ainda fecho pelo menos um negócio hoje.

Tem algo de muito errado aqui.

P.S.: Ah, sim, e tá tocando aquela musiquinha ridícula do "Ghost" no rádio. Tô nem aí.

E tem mais: vou ver Sex and the City

Cansei de só City and the City aqui no cafofo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mundo acadêmico, tremei

A-do-rei dar a palestra na UFF. Fiquei com gostinho de quero mais e culpa por ter encerrado a palestra quando encerrei. Devia ter ficado mais, mas achei que já tava abusando da paciência deles. Mas, enfim, nunca pensei que pudesse ser tão divertido e sensacional conversar com universitários, saber o que eles acham, contar causo da minha vidinha besta de jornalista. Tá, tive a sensação de que não havia ninguém com idade superior a 30 anos num raio de, sei lá, uns 500 metros. E não foi nada edificante contar a história do blog, com a minha fuça lá, pra todo mundo ver. Mas tô em estado de graça.

Mundo acadêmico, tremei: quero dar aula e pronto.

Ah, sim, claro que paguei um micão. Do alto da minha arrogância, fui desenvolver uma tese ridícula sobre jornal popular, "tenho certeza de que..." etc, etc, etc e vi, imediatamente, na carinha de dois alunos que eu tava erradíssima. Logo eu, que tenho horror a quem tem certezas absolutas. Que raiva. Muito mané.

Vergonha. Muita vergonha.

Oops...

Intão, fui me meter a gênio, me lasquei. Na polêmica do post do Obama, um leitor ficou babando de ódio porque na letra do rap, o bonitão fala (segundo esta tradutora de merda):

"It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness. (Foi cantado pelos imigrantes enquanto eles se despencavam de litorais distantes e por pioneiros que foram para o Oeste, lutando contra uma selvageria sem piedade)"

Nosso leitor interpretou o "lutando contra uma selvageria sem piedade" como sendo o abate de companheiros índios. Muito justo.

Ocorre que "wilderness" não é selvageria, como traduziu a anta aqui. O substantivo descreve áreas inóspitas, ainda não tocadas pelos humanos. Ou seja, companheiro Obama até omitiu que os caras meteram foi tiro na fuça dos coitados dos índios. Mas não defendeu.

Foi mal, aê.

Tive essa epifania hoje, ao falar com o próprio leitor. Quis morrer. Me dei conta no ato de que, provavelmente, tinha traduzido errado. Confirmei agora.

Mas sou digna. Erro corrigido.

Morta de vergonha. Fui.

Autora na concentração

Toda a força à frente na palestra que faço hoje na UFF sobre como a internet afetou o jornalismo e no um milhão de frilas ("bicos", como diz meu bom pai mineiro) que arrumei nestes últimos dias.

Fui.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fala, leitora:

Uma leitora manifesta sua opinião acerca da politização momentânea e involuntária do blog:

"Tá tão politizado isso aqui, que tô ficando retraída... Ninguém mais tem dor de corno?!"

Tive que postar. Não consigo parar de rir. Mal sabe a fofa que resolver a questão da geopolítica internacional, assim, enquanto oligarquia ianque que se mantém em detrimento do resto da humanidade, é imensamente mais fácil do que lidar com o coração-pastel-de-carne que bate neste peito quarentão.

Virada aos 46: I'm back in the game!

Coração ainda qual fora pastel de carne, cérebro acordou pra vida. Trabalhando que nem uma louca, finalmente - na boa, eu só não sou mais bandeira porque sou uma só. Inda tenho que sair de novo. Na volta, entro no debate aí do Obama, que, aliás, tá divertidíssimo. Vão tocando aí, sem mim, que depois dou notícias.

Fui.

"Nem Obama, nem Hillary. Não sou americano"

Só pra acabar de vez com essa polêmica absurda, que o sangue subiu. Essa frase aí é do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, num artigo que ele publicou no Valor em abril, dando conta da preocupação patética que o brasileiro desenvolveu com relação às eleições americanas.

Ih, agora, eu mesma dou porrada em mim.

Fui.

Alguém me defende!

Alguém pode me defender da sanha panfletária de certo leitor aí nos comentários do post do Obama? Tô sendo covardemente atacada por um jovem. Tô super-frágil.

Deu Obama, galera! Me recuso a sofrer hoje. A humanidade TEM jeito! O clip é chatinho? Foi mal. O sangue da minha metade preta tá pipocando

A letra, com a tradução, tá nos comentários (o que, aliás, acabou virando um debate acaloradíssimo).

terça-feira, 3 de junho de 2008

Filão na Sendas. Só pra variar. Eu, atracada com dois pacotões de fralda. Ridículo

Promessa de campanha

Se eu jurar, de pé junto, que vou recomeçar a dieta hoje, cês acreditam?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

De volta ao batente

O remédio fez efeito, e já tô aqui ralando meu coco de novo. Toda atrasada, aliás. Fui.

E a semana que não acaba

Me fantasiei toda de atleta pra dar uma caminhada, voltar e continuar a trabalhar e tal. Antes, acabei confirmando o que já tava achando há algumas horas: o raio da pressão tá alta de novo e voltei, humilhada, pra dar uma relaxada pra ver se baixa. Saco.