sexta-feira, 20 de junho de 2008

Celular deu trégua. E o fixo, ao que parece, não enlouqueceu ainda

Cama já. Ah, sim, não sei se vou conseguir, mas pretendo passar o fim de semana recolhidíssima, acabando de arrematar o próximo best-seller do mercado. Fui.

Pô, a crítica da leitora doeu fundo nesta alma. Mas acho que a bronca já tá surtindo efeito. Tento voltar na segunda-feira menos enlouquecida. Eu disse T-E-N-T-O!!!

7 comentários:

Camila Hardt disse...

Oi Rozane! Tou sumida dos comentários mas continuo lendo sempre. Só que dei uma sumidinha daqui uns dias e aí achei o post de frases canalhas... Sei lá, já ouvi tanta frase canalha que quando tento lembrar alguma me fogem todas, se eu lembrar de alguma fora do padrão (porque acho que todas já ouviram "a gente se esbarra", "o problema não é você, sou eu", etc) eu coloco aqui. Mas quer saber o incentivo de amigo essa semana? Perguntei "Como alguém pode mentir de forma tão covarde?" e ele respondeu "Como alguém pode acreditar de forma tão inocente?". Fui obrigada a confessar que sou otária o suficiente pra depois de mais de 2 anos ouvindo toda semana "Quero ficar do seu lado pra sempre, quero casar com você, e não é morar junto não, é casar mesmo pra ficar casado pra sempre", eu realmente acreditei. E claro que me ferrei né? Aí vem a frase canalha que fora do contexto fica até nonsense: "Eu ia te falar..." (Parando o comentário aqui porque essa semana já chorei o suficiente por causa dessa história maldita cujo final já fez aniversário).

Camila Hardt disse...

Ahhh sim, recentemente peguei o idiota pelo colarinho e arrastei pra um lugar ermo pra jogar toda minha mágoa na cara dele. Comentei "Quando eu tive vergonha na cara de terminar com você, você já nem se importava mais com nosso relacionamento de mais de 3 anos!". Quer a resposta? "Depois que você terminou comigo, eu fiquei mais de 11 horas deitado no sofá, triste, olhando pro teto..." Nessa hora eu não me aguentei e soltei "11 horas? Que bom pra você. Tem 11 meses que sou tentando juntar os restos de mim..."
(Parando o comentário de novo antes que eu comece de novo a choradeira e não pare nunca mais)

ROZANE MONTEIRO disse...

cara, fiquei em pânico agora, tô há dois meses chafurdando na lama depois do último chute, achando que já tão bom paca, e tu vem me falar em um ano!!!! meu Deus do céu!!!!! que medo!!!!

agora, vamu combinar, a resposta do teu traste é sen-sa-cio-nal, do ponto de vista jornalístico, claro. "Como alguém pode acreditar de forma tão inocente?" é daquelas pérolas que a gente tem que guardar pro resto da vida. já tá no livro.

mas fiquei curiosa: como assim "lugar ermo", ô, louca?

aliás, como assim 11 horas? no dia em que eu ficar só mais 11 horas me acabando de sofrer aqui por conta do motivo deste blog, eu dou uma festa. aliás, falar em dar, nesse dia, dou pro primeiro que cruzar o meu caminho. no banheiro do buteco.

Camila Hardt disse...

Oi Rozane, na verdade a pérola não foi do traste, foi de um amigo tentando me consolar enquanto eu pensava alto.
Quanto a ficar 1 ano comendo capim, não é assim 1 ano debaixo das cobertas não. Quando terminou eu achei que tinha sido um final pacífico, dei uns beijos em outras bocas, me apaixonei de novo, e foi quando eu comecei a assustar em como era bem tratada pela nova paixão que as fichas do falecido começaram a cair, aí pronto, ficou aquela coisa de, como diz você, tomar ficha na fuça o tempo todo, a revolta crescendo, a neura aparecendo, fiquei totalmente histérica, quando percebi, estava completamente destruída por dentro e achando que tinha sido final decente entre pessoas maduras que iam se casar e viver juntas pra sempre (que nojo). Aí estamos aí, né, tentando digerir a coisa depois de muito tempo sem nem saber que ela existia.
Quanto ao lugar ermo, o encontrei num ambiente profissional, parei como uma lady do lado dele e falei baixinho "Precisava conversar, vamos?" e fui pra uma lanchonete onde achei que não seria vista por ninguém mas que dei o azar de duas amigas passarem na hora e me verem afogando nas lágrimas e quase batendo naquele idiota. Papel miserável, hein?

ROZANE MONTEIRO disse...

ai, porra. viajei aqui. foi mal. quanto às pessoas maduras, cara, gente madura não fala uma coisa tão séria assim, mexendo com o futuro alheio, e, depois, manda um foi mal, aí, mudei de opinião, como eu já também tomei na lata. aliás, gente madura, no meu caso específico, não propõe tentar de novo, confirmando a disposição de tocar a vida junto, e, depois, pô, foi mal, aí, de novo. ou seja, promete intrinsecamente, de novo, uma porra dum futuro que nunca virá, fingindo estar com-ple-ta-men-te renascido e aí, adivinhe?, desiste de novo. na boa, tenho medo de gente assim. não tenho nem mais raiva. tenho só é um medão, mesmo.

quanto a micão, babe, sossegue, se cada leitora aqui começar a falar os podres, tu vai ver que tu não tá sozinha. eu ainda não paguei nenhum micão público com o muso do blog (se bem que o próprio blog já é um micão em si, vamu combinar, né?), mas também porque não encontrei nunca mais. Deus ajude o pobre se a gente se encontrar por esses dias, por acaso. especialmente se estiver acompanhado. estou entre algo como continuar meu caminho blasé e fingir que não vi e armar um barraco digno de tango argentino. tadinho. aun (com beicinho).

como eu tenho a certeza de que ele não lê este blog porque, afinal de contas, é um ser superior, intelectual acostumado à nata da literatura, nem me incomodo de ficar falando este monte de bobagem aqui, neste nosso reduto.

isso VAI passar, cara, um dia, a gente acorda e, ih, passou. por enquanto, ainda tô na fase de pensar no ser no período do dia que vai do momento em que abro o olho, acordando, e aquele em que adormeço, finalmente, na porra da cama enorme, às vezes babando de ódio, às vezes, com uma saudade insana. mas, fé, irmã, vai passar! eu só precisava era dar um beijo numa boca nova pra ratificar o início do processo de cura. mas vou dar meu jeito.

Camila Hardt disse...

Ai Rozane, meu problema nem é desistir, o problema é desistir mas não ter coragem de olhar na sua cara e falar, mesmo quando você olha pra ele e pergunta e a pessoa olha na sua cara, nos seus olhos, faz cara de quem ficou arrasada tipo "como você pôde pensar isso?" e nega que o sentimento mudou. No meu caso não tem mais amor, não tem mais saudade, só tem uma mágoa enorme por ter sido feita de idiota por um covarde que não teve a decência de ser honesto com a pessoa que durante anos dedicou amor, carinho e atenção a ele. Dói a desonestidade e a falta de respeito. Ele não teve coragem nem de me colocar um par de corno, porque se ele tivesse me colocado um corno muito bem colocado pelo menos ninguém ia achar que eu sou uma exagerada, já que as pessoas tendem a achar que sacanagem em relacionamento é só chifre. Dói ver pessoas que me amam tentarem justificar a covardia dele. Sentimento pode acabar mesmo, eu sei. Mas o respeito não pode acabar, então a outra pessoa tem direito de ser comunicada, e não enrolada e levada com mentiras por tantos anos. Depois que eu admiti pra mim mesma que quero que ele coma o pão que o diabo amassou com o rabo na mão de alguma vagabunda sem escrúpulos, comecei a lidar melhor com a mágoa e ela tem sumido aos poucos. Alguns dias está pior, alguns dias está melhor, mas eu sei que só seria fácil com meu atual amor do meu lado, o que infelizmente eu não tenho por circunstâncias externas... Enfim, parar de fingir que sou uma alma superior que só deseja coisas boas às pessoas tá ajudando a fechar a ferida...

ROZANE MONTEIRO disse...

cara, a minha tese é a de que, embora este blog se chame Sua Excelência, o Canalha, o grande mal da imensa maioria dos manés é falta de culhão, mesmo. aí, vai fugindo do que criou, sem nem querer saber se vai transformar o coração do outro em pastel de carne. não sou santa, é claro que fiz merda aí pelo caminho desta ladainha, mas a falta de sangue nas veias do fofo foi o que sempre me enlouqueceu, além da total falta de compromisso com a palavra. mas, enfim, pelo menos, eu fiquei mais esperta. quanto a rogar praga, não quero, mesmo, grande mal - até há dois meses, o cara era O cara, não faz sentido -, mas da praga de que ele vai querer uma mulher como um desgraçado e não vai tê-la; vai querer compromisso, e a moça vai escorregar como ele, ele não se livrou. essa eu roguei, mesmo. caguei.