quarta-feira, 2 de julho de 2008

A mãe de todas as fichas

É dramático. Não tem graça. E me ocorreu agora, elouquecendo aqui fazendo umas traduções e cuidando de assessoria de imprensa. Não, eu não sei porque lembrei dessa coisa enquanto procurava um raio duma palavra em inglês da qual não me lembrava.

É assim. Quando nasci, passei uns três anos com minha mãe biológica. A moça, pelos motivos lá dela, deixou que eu fosse adotada, o que, aliás, salvou a minha vida. Muito grata. Amo meus pais. Ocorre que o tal "abandono" nunca me desceu muito na garganta, e lá fui eu fazendo malcriação e esperneando pelo mundo.

Nunca ninguém mais que eu tenha amado, por assim dizer, me "abandonou". Só o muso.

Aun (com beicinho). Tadinho.

Não tenho culpa se, na primeira vez, não deu pra lançar blog e livro.

Ai.

9 comentários:

Anônimo disse...

"nunca mais ninguém me abandonou. s[o o muso"
sei não, será que esta frase quer dizer que você, por medo de ser abandonada, saiu abandonando os outros, em uma auto-defesa que não permitiu seu maturamento emocional?
será que agora com o "abandono do muso" você realmente consiguirá o necessário amadurecimento emocional?
tomara que este seja o resultado. que desta dor renasça uma mulher mais madura e disposta a correr riscos, sabendo que sem isso não se vive plenamente.
viva a nova rozane!! apesar de ela não gostar de sons de planeta (rs)
vai que a bola está com você!!!!!

ROZANE MONTEIRO disse...

ai, foi no fígado, mirtes. ui. chegou doer. puta que o pariu. claro que faz sentido. sempre caí fora antes de realmente amar algum ser. aí, resolvo amar, me dano. ou será que resolvi amar o muso porque tinha certeza absoluta de que não ia dar certo, desde sempre, e fui ficando até confirmar minha tese? ou amei pra caralho o ser e, coração burro, desacostumado a amar, me enrolei toda? ou ainda amo pra caralho e vou passar o resto da vida sem amar de novo, em nome desTe amor que, com toda a trapalhada, acabou sagrado?

OU SERÁ QUE TÔ FICANDO MALUCA DE VEZ, PORRA?

vou ralar.

Anônimo disse...

calma rozane.
o importante é você ter encontrado em você a resposta.
as outras virão com o tempo.
e claro que você amará de novo. depois que a gente descobre este sabor doce-amargo, a gente não se livra mais dele.
agora, a questão é aprender a dar tempo ao tempo e como diria aquela musica antiga:
"Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar/"
para você, seu novo hino na voz da elis/www.youtube.com/watch?v=UQnga_JP2UU

Anônimo disse...

o espaço acabou. mas, claro que você sabe que a mala que lhe escreveu o último post fui eu:mirtes.
beijim

Luluzinha CS disse...

Menina, tu já faz piada do "causo" então, mesmo sem saber, você soube lidar com esse abandono sim.
Fazer piada de desgraça é forma de terapia. Já lancei essa bandeira há eras...Aprendi com meu pai e até fiz as mesmas piadas de humor negro que ele fazia em vida... no velório dele(chorando, mas fiz).
É a vida baby.

Talita Braga disse...

Sou do clube da Luluzinha, acho que se a gente faz o que nos tortura parecer engraçado ou até ridículo a tal coisa acaba perdendo o poder torturante.
Também sou adepta ao humor negro, na maioria das vezes não sou entendida mas é melhor rir do que chorar!
Ah, quanto ao muso, vc está se saindo muito bem e quando eu crescer quero ser igual a vc! ahahahahah
vc podia ter ficado chorando quieta q nem a maioria, mas escreveu um livro e tem um monte de admiradores agora. Enquanto ele, foi eternizado na literatura como o imbecil que perdeu a Rozane!
Talvez vc ainda não tenha percebido, mas já deu a volta por cima!
O meu fofo da vez, apareceu e eu ando analisando a proposta dele...
(Burra!!Burra! Burra!!), estou andando na prancha, anota isso! Daqui a pouco eu vou vir aqui choramingar e vou ler o que escrevi só pra pensar: ô esperta, se sabia pq entrou nessa.....
Mas eu adoooooro tentar:P
Beijocas

ROZANE MONTEIRO disse...

luluzinha e talita, brigada, sisters, brigada. é claro que eu não tenho nenhuma dúvida de que o deboche é a melhor, aliás, a única arma pra me defender desse meu coração anta.

ROZANE MONTEIRO disse...

quanto à cura, acho que agora só ficou, mesmo, aquele sentimento de derrota, mas também já tá passando. além do mais, ando trabalhando tanto que não tem nem sobrado muito tempo pra ficar de lamúria. cérebro anda ocupado, o que, como sabemos, é um belíssimo remédio. daqui a pouco, já tô virando minha cabecinha pra outro. difícil vai ser convencer alguém a me pegar depois deste blog. virei mártir da causa! :)

ROZANE MONTEIRO disse...

Talita, quase morri de rir aqui da história do "andando na prancha". mas, vem cá, fiquei confusa, qual foi a proposa do fofo, afinal?