quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Insônia da boa

Esse negócio de pegar avião como quem pega táxi tá me pirando. Parece que tem fuso; parece que fui ao Japão e voltei, em dois dias. Tô reclamando, não, juro, tô igual a pinto no lixo. A-do-ro a vida nômade de enfiar meia dúzia de coisas fundamentais na mochila (na meia hora antes de sair de casa rumo ao aeroporto, claro), carregar o laptop no ombro direito; bolsa, no esquerdo; e cair na vida. Difícil é explicar que também morro por um cafuné na volta - sim, meu povo, eu, agora, tenho essa mania de voltar.

É só um cansaço da porra. Tô é muito pilhada ainda, com a cabeça no milhão de coisas que tenho que fazer até... dezembro. Essa coisa de planejar a vida profissional pra fazer dinheiro pro futuro também não tá ajudando no problema preciso-dormir-agora. É tensão o tempo todo, caceta. Mas uma tensão da boa, vá lá que seja, embora tenha passado os dias nos últimos, sei lá, dois meses, fazendo conta, qual fora Tio Patinhas, pobre ainda. O problema é só, já falei isso aqui, não ter ninguém pra dar bronca se tudo der errado; nem ninguém pra abraçar, gritando o bom e velho "puuuu-ta-que-o-pa-riiiiiiu", se tudo der certo.

Umidade relativa do meu corpinho quase normalizada.

P.S.: Aquela dor de amor? Cabe mais não na minha biografia.

P.S.1: Aquele muso do blog e do livro? Tá guardado num canto qualquer do meu peito. Virou só - ó, que pena - lembrança silenciada, que é como devem ficar aquelas memórias que são, ao mesmo tempo, inesquecíveis, doces, enlouquecedoras, entristecidas, enfurecidas, derrotadas, perdidas.

P.S.2: Caralho, fiquei romântica.

P.S.3.: Tá, acho que tava só com saudade do meu cafofo. Admito que não troco meu puleiro aqui por hotelzão nenhum.

P.S.4: Falei que, quando cheguei, abracei a bancada da cozinha e murmurei a fala final da Judy Garland, menina, no Mágico de Oz? É assim, ó: "There´s no place like home" ("Não há lugar como a casa da gente", numa tradução muuuuuito particular). Falei, não, né? Pois é. Eu juro que é verdade.

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