Pilha de jornais embaixo do braço, largadinha, largadinha, no Largo, me aboletei na Adega de tarde. Na mesa do lado, um ser do sexo masculino razoavelmente interessante, lendo jornal também. Já achei, portanto, que, no mínimo, a pessoa tinha um cérebro. Mas, oh, que dó, o bichinho não desgrudava dum raio dum smartphone, a teclar com um sorriso nos lábios, cúmplice, malicioso.
Ato contínuo pensei, irritadíssima: "Cara, essa mania, agora, de ficar conectado ao mundo o tempo todo enterrou de vez o flerte, a paquera; o sujeito nem olha pro lado. Que inferno, meu Deus". Lê jornal pra cá, lê jornal pra lá, o fofo, finalmente, ligou, aparentemente, pro ser, do sexo feminino, com quem teclava.
- Aaaaaah, que-ri-da... A-do-ro!
É o que parece. Meu vizinho high tech era uma bichinha óóóóóóótima, suuuuuperantenada ao mundo a sua volta - excluídas, aí, quarentonas solteiras em geral, naturalmente.
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6 comentários:
Quer ficar mais triste ainda? Outro dia a fiscalização da prefeitura bateu nessa Adega do Largo e não é que a Vigilância Sanitária encontrou coisas, vamos dizer, nojentas no lugar?
Acho melhor mudar de ponto, e aí quem sabe vc tb tem mais sorte e encontra um flerte????
beijão
Márcia Demézio
argh. aposto que a vigilância encontraria "coisas nojentas" lá no Troigros também, tá? humpf. :) isso saiu em jornal? não vi, não.
mas, na boa, eu sou da seguinte tese: se a gente entrar na cozinha de tudo que é buteco e restaurante que a gente frequenta, não ficará panela sobre panela.
de qualquer forma, valeu. vou pensar uma vez e meia antes de volta à Adega, pódeixar.
quanto ao flerte, amiga, ãrrã, ãrrã, ãrrã, duvide-o-dó.
gente não dá para ficar com esta paranóia. o segredo é, em caso de dúvida, pedir sempre alimentos cozidos.
no mais é sempre lembrar daquele ditado machista: "cozinha de restaurante e passado de mulher, é melhor não investigar..."
meninas, antes de me xingarem lembrem-se que eu suavizei o ditado (rs)
Não sei se saiu em jornal, mas postei a matéria da operação no site da prefeitura.....mas vc tem razão, é melhor não pensar na cozinha quando a gente entra pra comer em algum lugar.
Quanto ao flerte, sei que as coisas estão difíceis, mas tudo pode acontecer quando a gente menos espera né não? Tem que pensar positivo, apesar dos lugares estarem inundados de gays rsrsrsr mas não podemos perder a esperança jamais. Ui, acho que apelei né?
ãrrã, ãrrã, ãrrã, o problema, Márcia, é que eu tô cansada de menos esperar. humpf.
uai, Mirtes, suavizou como? eu sempre conheci esse ditado assim. dã. desembucha logo.
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