sábado, 12 de janeiro de 2008

Esfihas e coxas

Ressaca da boa, me dei folga hoje, sabadão calorento. Não fiz nenhuma tradução que devia ter adiantado e estou atrasadésima aqui pra dar notícias. Fato é que fui bater perna, de chinelo, com uma amiga. Pastelzinho com soda e água num boteco da Praia do Flamengo. Uns chopes em outro puleiro na Rua do Catete, horas depois, ressaca já superada. Tricô o tempo todo, a tristeza só bateu, sei lá, umas 17 vezes.

Locadora pra pegar filme indicado pela amiga. E, claro, a célula árabe que, como já falei aqui, pensei em denunciar à CIA, pra ver se aquela turma se mexe pra me socorrer, erra algum alvo e acerta pelo menos um florista do Largo do Machado, uma gente que não respeita a minha dor.

Só então fui me dar conta de que o chefe da célula árabe é português - meu Deus, é uma rede! Fato é que o homem, de seus quase 70 anos, foi mais simpático que nunca comigo, e acho até agora que ele tava era cobiçando o corpinho da minha amiga.

O que o homem não sabe é que, minutos antes de ele aparecer, eu e a fofa engolimos uma esfiha falando de como brigávamos com aquelas veinhas que nos estouram nas pernas e vão nos enlouquecendo. Claro que ela indicou o médico que freqüenta e claro que ficamos as duas levantando os vestidos com a mão esquerda – na direita, cada uma tinha uma esfiha. Foi assim, sem nem pensar, a gente ia mastigando e mostrando uma pra outra as marquinhas nas coxas. A cena patética foi sendo narrada por nós com uma interminável lista de lamentos, como se não houvesse amanhã, como se não houvesse uma multidão a nossa volta.

Sério, mesmo, hoje perdi completamente as esperanças de recuperar a sanidade.

9 comentários:

Anônimo disse...

"Andando com você? É assim que ela espera recuperar a sanidade?" Foi o que me disse uma amiga comum e mais louca que nós, porque comentava e ria, ao telefone, enquanto lia o texto.Sabadão legal, sol, muito calor e, melhor que isso, esfihas, português taradão e árabes de araque. Só no Rio.
P.S. Os filmes: Capitãs de Abril, com o belo canalha Stefano Accorsi (todo italiano é, de origem) e Anti-Herói Americano. A dor bate bem menos que 17 vezes.
Rose

ROZANE MONTEIRO disse...

eu vou matar você!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
o anto-herói americano, primeiro é espetacular, mas, é, leia no post que eu vou colocar de pois que acabar. tô quase às lágrimas. bitch!

Anônimo disse...

rozane
como você pode perder algo que nunca teve? (rs)

ROZANE MONTEIRO disse...

mirtes, em que momento você achou que "comentário" é igual a "esculhambação". :))))))

Anônimo disse...

eu só fiz uma constatação, uai!!!!!!
agora, vem cá, eu perdi o bonde e quero pegá-lo novamente:
tem ou não tem um chopp marcado para a segunda pós carnaval?

ROZANE MONTEIRO disse...

cara, o tal do Réveillon Fora de Época vai rolar, sim. mas ainda não decidimos o dia. na verdade, como é todo mundo muito enrolado, duvido que dê pra marcar uma festa, de verdade. mas um chopão num boteco bacana, mesão pra falar bobagem, com certeza, vai rolar. de vez em quando aqui vou lembrando a galera.

ROZANE MONTEIRO disse...

não tô aqui pra fazer intriga, não, mas ô, amiga em comum, Rose falou aí que tu é "mais louca que nós".

Anônimo disse...

ok. eu tô neste reveillon. seja festa, mesão em bar...

ROZANE MONTEIRO disse...

belê, então, mirtes. eu vou mantendo todo mundo informado. de qualquer forma, a gente VAI, sim, estourar outro champanhe pra ver se esse réveillon começa de novo, direito, de vez. :)