domingo, 6 de janeiro de 2008

Missão dada...

Pronto. Resolvido. Fui à Sendas num pombo e voltei no outro e já estou segura dentro de casa. Comprei o papel higiênico, a única coisa que realmente faltava no recinto – dignidade, que também anda faltando, não tinha na Sendas. E, não, não encontrei com o traste, que deve estar vagando por algum canto aqui perto até agora. Bom pros dois. Mas muito melhor pra ele que não tenha ousado se enfiar na minha Sendas. O tempo ia fechar.

Só não tenho orgulho de ter atravessado o Largo do Machado com a fuça virada pro chão e uma caneta na mão direita – na boa, pra mim, era o fuzil do Capitão Nascimento. Ridículo, saí de casa, furiosa, caneta na mão, sei lá por que diabos. Ah, sim, também fui cantarolando a música da Mary Tyler Moore, com vontade de mandar o cachorro enfiar o Largo do Machado no... enfim... Mas, como no mesmo lugar já deverão estar minha cadeira, meu ventilador e meu guarda-chuva, que ficaram na casa dele (longa história), achei que não caberia, mesmo.

Não que eu ache que tenha que fazer justiça aqui a personagem tão patético, é só por fidelidade jornalística aos fatos, mesmo: o mané até queria me devolver as coisas. Mas meu ódio era tanto, que, depois de sugerir o melhor lugar pra tralha, preferi não ter de encarar um encontro com a triste figura pra recuperar as coisas. Por enquanto, que fique dito.

4 comentários:

Graça disse...

Me desculpe, Rozane, mas tô rindo muito aqui ! Também vivi a história da devolução de ventilador e guarda-chuva, objetos que, pelo andar da carruagem ( eu disse carruagem ? credo !) já viraram ícones de separações.

ROZANE MONTEIRO disse...

ainda bem que não emprestei nenhum Neruda pra ele!

Graça disse...

ha ha ha !
Ainda bem...
Mas pega o seu Neruda e o esconda no canto mais seguro possível. Esbarrar com "20 poemas de amor e uma canção desesperada" a essa altura do campeonato é morte súbita !

ROZANE MONTEIRO disse...

ERGH: chego a mudar de calçada quando aparece uma flor, e dou risada de um grande amor. MENTIRA!