domingo, 6 de julho de 2008

Que minha palavra não vale nada, todo mundo já sabe, né?

Fui dormir nada. Fiquei aqui, brigando com a impressora, que levou horas pra imprimir o livro todo - os cartuchos, agora, piraram, mesmo, juro que nenhum deles tá lacrado. Pois acabei imprimindo exatas 124 páginas, o que é igual a 120 de história mais quatro de dedicatória e introdução e tal, e acabei de juntar a pilha de papéis toda. Com a primeira página estampando "Sua Excelência, o Canalha - Rozane Monteiro", exatamente como eu escrevi no meu notebook no colo num certo Natal de 2007, ainda no ônibus pra Minas, babando de ódio, mais triste do que merecia, sem saber o que viraria; sabendo apenas que teria que ser algo que me lavasse a alma, nem que fosse um e-mail pro fofo, que amei tanto (já falei aqui que o pretérito perfeito é o que me sobrou de dignidade), desgraçadamente tanto.

Não, eu não sei o que tô sentindo agora, aqui, com essa pilha de papel me olhando. Já chorei. Já deschorei. Já ri, aqui, sozinha, pensando que publicar um livro sempre foi meu sonho mais querido. Já desri, concluindo que o livro dos meus sonhos de menina já escrivinhadora era muito mais digno.

Sei lá mais o que dizer.

Agora, sim, vou me embora, ouvir um pouquinho de música e cair na cama grandona na qual eu posso dormir na diagonal. Por um bom tempo, ao que parece.

7 comentários:

Anônimo disse...

sobre o nascimento do livro, comemorei no post que o anuncia,portanto queria falar de outra coisa.
fui ler os outros posts e me deparei que você pretende acabar com este blog. maior idéia de jerico.
ou você ainda não percebeu que sua excelência, o canalha transcedeu? ele não é mais só sobre o seu canalha é sobre todos os canalhas e até sobre a porção canalha que a gente às vezes tem.
portanto, o blog já tem nome, já tem história e precisa apenas novos prosseguimentos. ora bolas.
mirtes

Anônimo disse...

Bom dia,Rozane.

Tô aqui lendo o B de hoje cuja matéria de capa é sobre o filme "Nome Próprio", com Leandra Leal, (sou tarado por ela) que encarna Camila, uma escritora e seu blog. A história parece muito com vc. Beijos

ROZANE MONTEIRO disse...

mirtes, eu concordo com você em parte. mas confesso que fiquei confusa com o comentário da Zamy. concordei em parte com ela também. a questão é que preciso enterrar o defunto de vez. ficar remoendo essa coisa tá me fazendo muito mal. por isso, pensei que talvez deixar no ar, mas tratar como coisa concluída poderia ser uma saída. eu não sumiria, apenas mudaria de blog, pra continuar falando da aventura nossa de cada dia neste planeta que temos que dividir com os machos. olhar pra este título deste blog anda me enjoando. preciso seguir viagem, cara. mas não tô bem certa, não. você tem razão, de alguma forma este blog transcedeu minha tragediazinha particular. ai, caralho, não sei mais.

ROZANE MONTEIRO disse...

LCT, vou ver depois. fiquei curiosa.

Anônimo disse...

desculpe a pretensão froidiana, numa bela tarde de sol:
se ainda há algum incômodo a causa não é o nome do blog, e apenas mudá-lo e transferir o enjôo para outro vetor.
não seria mais prático combatera real causa, ao invés do sintoma?
mirtes (pode xingar)

Zé Mané disse...

Aeeeeeee uhuuuuuuuuu....

Rozanão esta em furia total,furia de alegria é claro...parabéns rozita...quero um autografado!

ROZANE MONTEIRO disse...

valeu, brô!!!!!!