quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Momento Freud: Universo 7 X 0 Rozaninha

Nada a ver com nada, mas lembrei disto agora. Minha mãe, que me adotou quando eu tinha lá pelos meus três anos e nunca me escondeu isso, decisão acertadíssima - hoje, eu sei -, sempre me falou:

- Você tem a mamãe Lourdes (biológica; xará da minha faxineira; pois é); a mamãe Nilza (ela própria) e a mamãe do céu, que tem o seu nome (sou Maria Rozane e não acho nada legal). Também tem o papai Carlos (biológico e xará do amigo invisível que eu inventei, na cara dura, quando era menina; nem achava que existia, não, inventei, mermo), o papai Nanão (marido da interlocutora, que me deu o Monteiro velho de guerra) e o papai do céu.

Em algum momento da infância, lembro que perguntei a Nanão por que, diabos, eu via a lua de qualquer lugar onde eu estivesse.

- Porque eu mandei ela te vigiar - disse o fofo, como se não houvesse amanhã, pra futura louca.

Na boa, cês não acham que é gente demais a se meter na minha vida? Que inferno. Eu não podia sair boa bisca. Que mania dessa gente, meu Deus.

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