sábado, 14 de junho de 2008

Minha vida não faz sentido, eu é que insisto

Passei boa parte do tempo depois de ir ao cinema revisando meu livro, sofrendo tudo de novo, pensando, juntando lé com cré, avaliando meus próprios erros do passado e recentes (especialmente os recentíssimos; os muito recentes, mesmo, incluindo os impublicáveis), pra poder dar um sentido aos últimos quase 10 meses - meu Deus, tem quase um ano essa ladainha! Mas acabei me animando (efeito direto do Sex and the City, cuja protagonista é escritora) e fui também pensando num segundo livro, o que só será possível se esse primeiro vender direito, claro.

Peguei o pen drive, que armazena tudo o que tava no laptop que vendi ano passado, e fui rastreando coisas já escritas, principalmente o livro que tem as crônicas do ano que passei em Praga, e que já tá rascunhado, com cento e tantas páginas.

Também catei uns contos perdidos.

E acabei dando de cara com um que comecei a escrever no dia 23 de maio de 2004, diz a data aqui do arquivo. Em Praga. Ficção sobre uma repórter que tenta dar uma virada na carreira, baseada na minha própria experiência nesses anos todos, contando coisas que não poderia se apresentasse o texto como reportagem. Não consegui nem acabar de ler a introdução. Tô aqui em pleno surto de gargalhada e de uma tristeza absurda, certa de que isso só pode ser sacanagem do meu anjo da guarda: o cara que é o pivô do início da trama toda - iniciada, repito, há quatro anos - tem exatamente o mesmo nome do muso deste blog, que botei no ar no inesquecível Natal de 2007.

Por que, meu Deus? Por quê?

6 comentários:

Luluzinha CS disse...

Só pra constar...eu acompanho o blog, mas nem sempre comento tá? Mas fico feliz que tenha dado umas gargalhadas com meu e-mail.
Bom, sou super a favor do teu lado escritora. Acho que escrever tira o stress, te liberta e ainda te entretém.
Até eu no meu auge de cansaço com relação ao sexo oposto, to pensando em montar um blog pra contar sobre a comédia de erros que tá minha vida amorosa!
Escreva. Leitores fiéis você já tem.

ROZANE MONTEIRO disse...

ih, voltou!!!!!!!!!! brigada, cara, brigada. tu tem toda a razão do mundo: no meu caso, escrever é um jeito de ir sobrevivendo às armadilhas que eu mesma monto pra mim. ui, isso foi profundéééérrimo. quanto à fidelidade dos leitores, tô absolutamente tensa quanto ao lançamento do livro. e se ninguém comprar o bichinho? que meda! :)

aliás, lança o blog, sim. a gente acaba se divertindo horrores, vai por mim, e, claro, desabafando. faz um bem da porra.

ROZANE MONTEIRO disse...

quanto a teu e-mail, às vezes ri mais com os comentários sobre as antas, entre parêntesis.

Anônimo disse...

rozane
deixe de dramalhão mexicano e escreva logo o primeiro livro e deixe para pensar nos outros depois.
e garanto que a gente fará maior campanha, vamos nas noites de autográfos, escreveremos lhe elogiando aos jornais.
enfim, não encha o saco e faça a sua parte ok?
mirtes

ROZANE MONTEIRO disse...

GROSSA!

ROZANE MONTEIRO disse...

SACANAGEM!!!!!!!!!!!!! é claro que tu tem toda a razão do mundo. não tô desconcentrando, não, juro, é só que lembrei de todo o resto já escrito e comecei a salvar direito aqui.